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Eleição do Presidente da AR traduz nova vontade maioritária dos portugueses

Eleição do Presidente da AR traduz nova vontade maioritária dos portugueses

A maioria PSD/CDS acabou. Se dúvidas houvesse, garantiu António Costa no Parlamento, a eleição de Ferro Rodrigues para presidente da Assembleia da República tornou esta realidade insofismável. Há uma nova maioria parlamentar que aposta na mudança e no fim das políticas da direita.

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Eleição do Presidente da AR traduz nova vontade maioritária dos portugueses

Falando pela primeira vez em plenário desde a sua eleição como deputado da XIII Legislatura, António Costa manifestou satisfação pela eleição de Eduardo Ferro Rodrigues para a presidência da Assembleia da República, acentuando que com esta eleição “a maioria PSD/CDS acabou”.

Para o Secretário-geral socialista, a eleição do ex-líder da bancada parlamentar do PS para a presidência da Assembleia da República mostrou, de “forma inequívoca”, que a vontade maioritária que os portugueses expressaram nas urnas, no passado dia 4 de outubro, teve continuidade nesta eleição, manifestando o desejo de que esse apoio se prolongue agora a favor de uma nova legislatura de mudança, sustentada num Governo “estável” que garanta o “cumprimento dos compromissos internacionais”.

Depois de recordar que a coligação de direita não dispõe de condições objetivas para ter uma maioria que a apoie no Parlamento, António Costa disse estarem criadas as condições para que a vontade maioritária livremente expressa pelos portugueses possa ter “efetiva tradução no decorrer desta legislatura” com a construção de uma “nova etapa da democracia”.

Numa nota crítica em relação à comunicação de Cavaco Silva, o líder do PS considerou que a Constituição é clara ao dar a “todos e a cada um dos deputados e a todos e a cada grupo parlamentar a mesma dignidade, o mesmo estatuto e a mesma representação da vontade dos portugueses”, realçando a importância desta votação ter sido feita por voto secreto dos deputados.

Uma realidade que veio assegurar, na perspetiva de António Costa, a “mais pura liberdade” no exercício da vontade responsável por parte de cada um dos deputados, contribuindo de forma clara para contrariar o “apelo indireto” de Cavaco Silva à dissidência entre os socialistas.

Com esta votação, disse ainda o líder socialista, ficou demonstrado o que há muito já se sabia: que os deputados “prezam muito a sua liberdade”, não se deixando manietar, em circunstância nenhuma, por “qualquer força que pretenda bloquear a mudança que os portugueses votaram”, lembrando que com o voto secreto, “não há disciplina de voto”, mas “consciência e responsabilidade “que depende da vontade e da liberdade de cada um.