Eficiência do Estado passa pelo reforço do conhecimento na Administração Pública
O primeiro-ministro defendeu hoje, numa sessão em Almada, no âmbito do “Roteiro Inovação 2018”, dedicada à inteligência artificial, iniciativa que percorreu durante o dia de hoje os concelhos de Almada, Palmela e Setúbal, a necessidade de se “ir mais além” na criação de novos centros de competências, tendo em vista “reforçar a capacidade de agir e de pensar da Administração Pública”.
A este propósito, o primeiro-ministro declarou nesta sessão, que correu na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, no Monte da Caparica, no concelho de Almada, que “amanhã mesmo” o Conselho de Ministros vai avançar com a criação de um novo centro de competências de “grande importância estratégica” ligado aos “serviços informáticos”, setor, como aludiu, em que a Administração Pública “tem particulares dificuldades”, não porque o sistema universitário e politécnico não esteja a produzir quadros de “excelente qualidade”, como garantiu, mas antes, “porque a Administração Pública tem revelado manifesta dificuldade em ser capaz de competir com as ofertas que existem no setor privado ao nível da contratação”.
Neste sentido, o formato que o Estado tem para responder a esta dificuldade, ao contrário da habitual solução de “pulverizar e atomizar as clássicas capelinhas” da Administração Pública, é avançar, segundo António Costa, no sentido de concentrar em centros de competência todos os recursos disponíveis para aí “nos podermos bater com o setor privado no recrutamento dos melhores”.
Estado mais eficiente
Segundo o primeiro-ministro, para que o Estado seja “cada vez mais eficiente”, é essencial que “não deixe de investir em si próprio”, designadamente, como lembrou a reitores e diretores de faculdades presentes nesta sessão, no “ensino superior”, para que haja um “combate sério e eficaz à precariedade”, considerando que só numa administração pública que garanta segurança laboral “é possível existir motivação”.
O primeiro-ministro lembrou, a este propósito, que o Governo que lidera, ao ter devolvido as “condições remuneratórias” e “desbloqueado a progressão das carreiras”, deu a sua quota parte para devolver aos trabalhadores da Administração Pública a motivação laboral e profissional de que necessitam, defendendo que se Portugal quer continuar a crescer economicamente, como cresceu em 2017, que foi o ano de “maior crescimento económico deste século”, tem de “aumentar o seu perfil demográfico e a sua produtividade”, sendo neste particular crucial, como aludiu, “apostar na inovação”.