Editorial de lançamento
Respeitando a sua matriz fundadora e cumprindo a sua função estatutária de jornal oficial do PS – onde os leitores podem diariamente aceder às propostas políticas do partido – o AS vai promover o debate de ideias e acolher a opinião plural, incluindo a discordante. Como é natural, os artigos de opinião que iremos publicar apenas responsabilizam os seus autores.
Numa democracia plena, a política não pode ser reduto para iniciados e, muito menos, terreno exclusivo dos partidos políticos. Os instrumentos de ação política são variados, complexos e complementares. Observar e interpretar a realidade nacional e internacional através do olhar e da reflexão dos colunistas convidados é também uma forma de influir e contribuir para a formação de uma opinião pública interessada e esclarecida.
Este é o início de um caminho que não se prevê fácil. Porque são poucos os recursos de que dispomos e muitos os adversários à procura da incorreção, do deslize, da incoerência. Estamos conscientes das dificuldades que temos pela frente. O desinteresse dos cidadãos pela política é uma evidência. Acresce que as pessoas tendem a descrer de tudo, caindo numa espécie de descrença compulsiva, e a considerar que “os políticos são todos iguais”. É um grande desafio devolver a confiança e mobilizar os portugueses para acreditarem nas suas capacidades e perceberem que a vida política não tem um sentido único e que os políticos, como as pessoas, não são afinal todos iguais.
Este é um projeto de comunicação e compromisso com os portugueses. Pautado pelos valores da liberdade e da qualidade e concebido a pensar nas pessoas, o AS digital diário está naturalmente sujeito ao veredicto popular. Não vamos fazer tudo bem feito. Mas vamos fazer alguma coisa, conscientes de que, como afirmou o Padre António Vieira, “só existimos nos dias em que fazemos. Nos dias em que não fazemos, apenas duramos”.
O destaque desta edição vai para a entrevista de António Costa, conduzida por dois jornalistas independentes e de reconhecido mérito, Maria Elisa e Vicente Jorge Silva, a quem agradecemos terem aceitado o repto.
Gostaria de agradecer a todos os colaboradores que tornaram possível este empreendimento e ao Secretário-geral, António Costa, pela confiança que depositou em nós e sobretudo por, com exemplar abertura, ter apoiado sem qualquer restrição a ideia.
Esperamos que este jornal contribua para aproximar os cidadãos da política, incutir-lhes confiança e esperança no futuro.