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Edite Estrela insta Europa a seguir caminho de Portugal nos direitos dos homossexuais

Edite Estrela insta Europa a seguir caminho de Portugal nos direitos dos homossexuais

A deputada do PS Edite Estrela manifestou ontem, em Estrasburgo, “orgulho por pertencer ao partido cujo Governo adotou legislação reconhecendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o direito à coadoção por casais homossexuais”. A parlamentar intervinha no debate sobre o relatório do socialista sueco Jonas Gunnarsson ‘Vida privada e familiar: atingir a igualdade qualquer que seja a orientação sexual’, na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa.

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Edite Estrela insta Europa a seguir caminho de Portugal nos direitos dos homossexuais

Edite Estrela recordou que a “discriminação da comunidade LGBTI contraria a convenção europeia dos direitos humanos”, daí ter criticado os “retrocessos” verificados em países como a Hungria e a Rússia, em contraste com os avanços registados em vários Estados-membros. “E se há países como o meu, Portugal, que deu passos importantes para garantir os mesmos direitos para casais do mesmo sexo que para casais heterossexuais, há outros, como a Hungria, onde se verificou um recuo em 2012, com a limitação do casamento aos casais heterossexuais”. Outro exemplo negativo apontado pela deputada é a Federação Russa, onde foi aprovada legislação proibindo a dita “propaganda homossexual”, afirmou.

Edite Estrela lamentou que que ainda haja governos em países democráticos e civilizados que nada fazem para eliminar os preconceitos que existem na sociedade e que promovem a persistência de tal discriminação e incitam ao discurso do ódio. “Os Estados-Membros devem desenvolver os maiores esforços para eliminar a discriminação com base na orientação sexual e alcançar a igualdade”, defendeu.

O relatório foi aprovado com apenas 15 votos contra.

Eleições na Turquia

A socialista também participou no debate do relatório sobre a observação das eleições presidenciais e legislativas na Turquia, que ocorreram no passado dia 24 de junho.

Edite Estrela observou as eleições na cidade de Esmirna, bastião do Partido Republicano do Povo (CHP) de Muharrem Ä°nce, candidato presidencial que ficou em segundo lugar. Segundo revelou, foi bem-recebida e o processo eleitoral decorreu com normalidade.

A deputada do PS sublinhou que havia 996 mulheres em todas as listas, o que corresponde a cerca de 20%. No entanto, apenas 5,4% das listas eram encabeçadas por mulheres.

“A legislação turca não prevê quotas de género, mas houve um esforço de todos os partidos para incluir mulheres” nas suas listas, considerou Edite Estrela, que, no entanto, não deixou de apontar que encontrou mesas de voto totalmente masculinas.

Edite Estrela alertou ainda para o “claro domínio” dos órgãos de comunicação social considerados ligados ao Governo, “o que dificultou muito o debate democrático e a expressão da pluralidade de opiniões”.