Economia recupera de forma sustentável e robusta
O ministro da Economia garantiu ontem, durante os trabalhos do 5º Seminário de Empreendedorismo, iniciativa que desta feita teve lugar no concelho de Nelas, no distrito de Viseu, que a economia portuguesa apresenta hoje níveis sustentáveis de crescimento como já não se viam há muitos anos, uma evolução, como lembrou Manuel Caldeira Cabral, que é corroborada pelo aumento das exportações, que só o ano passado, como sublinhou o ministro, cresceram cerca de 11% contribuindo de forma decisiva para que a venda de produtos portugueses ao estrangeiro tenham atingido em 2017, 42% do produto nacional.
A este propósito, o ministro recordou ainda que em 2016 e 2017, o saldo externo da economia nacional, na balança de bens e serviços, foi “o mais elevado de sempre”.
Também a recuperação do investimento, que atingiu o “máximo desde há 18 anos”, próxima dos 14% em 2017, principalmente privado e empresarial, e o crescimento do PIB, que foi o maior deste há mais de década e meia, contribuíram decididamente para que a riqueza criada em Portugal tenha sido, o ano passado, a maior deste século.
Fazendo um paralelismo com o cenário que encontrou há dois anos, com a economia na altura a crescer apenas 1%, “quando em 2017 atingiu os 2,7%”, quando pela primeira vez participou num seminário idêntico, Manuel Caldeira Cabral recordou que na época não só a economia não apresentava um cenário de recuperação “sólido, robusto e sustável” como hoje apresenta, como a confiança das empresas e dos cidadãos na sua economia estava anos-luz dos sinais de otimismo hoje patenteiam.
Mas não são só as exportações que estão a ajudar a consolidar e a fazer crescer a economia portuguesa, como sublinhou neste seminário o ministro da Economia. Também a procura interna estás a aumentar demonstrando, segundo o governante, que as pessoas estão confiantes na “evolução positiva” que a economia nacional está a ter.
Para o ministro da Economia, já não restam dúvidas a ninguém, interna e externamente, de que a economia portuguesa está a crescer de forma sólida e segura, depois de o país ter conseguido “corrigir as suas contas públicas e o saldo externo da economia”, criado mais emprego e proporcionado às famílias a reposição de rendimentos o que melhorou claramente a sua qualidade de vida.
Crescimento sustentável
Na opinião do ministro Manuel Caldeira Cabral, os dados sobre a economia portuguesa mostram hoje claramente que o modelo de crescimento que o Governo está a seguir “é sustentável e é equilibrado” e totalmente consistente com a “continuação da consolidação das contas públicas e com o equilíbrio externo”, ao mesmo tempo que responde de forma sólida à “melhoria das condições de vida das pessoas”.
O ministro da Economia criticou ainda que no período de ajustamento o Governo anterior tenha insistido na ideia de que a competitividade da economia só podia ser conseguida pela diminuição de salários e pensões, seguindo a lógica neoliberal segundo a qual, é pelo esmagamento dos salários que se consegue baixar os custos, uma teoria, como lembrou Manuel Caldeira Cabral, totalmente oposta à prática seguida pelo atual Governo, questionando, a este propósito, se o aumento do salário mínimo, por exemplo, tinha tido “esses efeitos tão nefastos na competitividade ou na capacidade exportadora do país”.