É preciso responder aos bloqueios estruturais do país
“Com a aprovação esta semana do Orçamento de Estado (OE) e com a entrada em funções do novo Presidente da República, concluímos e encerramos um primeiro ciclo político da maior importância”, disse António Costa no Porto, durante a cerimónia inaugural das novas instalações da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC).
Na ocasião, o primeiro-ministro afirmou que chegou a altura de olhar para aquilo que é essencial, porque agora Portugal tem os “órgãos de soberania, plenamente instalados e em funções”, com a “estabilidade política do país assegurada para os próximos quatro anos”.
Defendendo ser “indispensável concertação social” para que seja possível a mobilização das ações de Governo aos diversos níveis, nomeadamente “mobilizar a sociedade civil em torno dos grandes desafios”, António Costa apontou como essencial o sector da construção civil.
Nesse sentido, o primeiro-ministro aproveitou para anunciar que no dia 4 de abril vai ser lançado um “conjunto de instrumentos de política centrada na regeneração urbana e na reabilitação”.
Criar um Estado mais eficiente
“É uma dinâmica fundamental, porque é uma política que simultaneamente responde à necessidade que temos de relançar um sector essencial para a nossa economia”, disse, sublinhando que a construção civil é dos sectores “mais capazes de absorver, de um modo sustentável, o desemprego de longa duração”.
Na sua intervenção, António Costa desafiou ainda os associados da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) a trabalhar em conjunto com o Governo, por forma a garantir condições para se criar um Estado “mais eficiente” e ter empresas mais transparentes e com menos carga burocrática.
“Queria deixar aqui um sinal de confiança nestes profissionais, nesta Ordem e deixar o desafio para juntos podermos contribuir para que a carga burocrática sobre as empresas, a transparência e o rigor e a confiança nos seus procedimentos, possam contar cada vez mais com a vossa atividade, contribuindo assim conjuntamente para termos melhores condições, para que cada boa ideia se possa transformar numa melhor empresa e possamos ter um Estado mais eficiente”, acrescentou.