É preciso estimular o consumo e investimento em simultâneo
“Cabe ao PS, cabe ao novo Governo, dar sinais de confiança” aos empresários para investir, refere, acrescentando que cabe também aos partidos que firmaram acordos com o PS “compreender que todos serão penalizados se isto correr mal”.
Manuel Caldeira Cabral faz questão de deixar bem claro que “os objetivos, em termos de défice e de trajetória de défice, não foram alterados”, acrescentando que “isso demonstra um enorme realismo, um enorme pragmatismo”.
Para o deputado socialista, o compromisso entre o PS e as forças políticas à sua esquerda “pode ser muito mais sólido e duradouro se se souber fazer o caminho”.
O economista salienta que o programa do PS, para além do estímulo ao rendimento, tem uma forte aposta no estímulo ao investimento e à capitalização das empresas.
Na entrevista, Manuel Caldeira Cabral aponta o investimento estrangeiro como “uma área muito importante”, mas lembra que” nos últimos anos o que houve foi venda de ativos, de empresas que já estavam a funcionar”.
O deputado do PS considera ainda que “precisamos de ter empresas mais robustas e mais ousadas”, defendendo que para tal “é preciso incentivar as empresas a terem uma estrutura com uma base mais sólida de capitais próprios”.
Manuel Caldeira Cabral sublinha que, em termos de aumento da competitividade, “há muito trabalho a fazer na simplificação da vida das empresas, já que todas se queixam do excesso de burocracia e quase todas dizem que aumentou nos últimos anos”.