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É preciso desafiar e incentivar a fixação de pessoas e empresas no interior

É preciso desafiar e incentivar a fixação de pessoas e empresas no interior

A ministra da Coesão Territorial reforçou, em Évora, a necessidade de dinamizar e criar incentivos à fixação de pessoas e empresas nos territórios do interior, chamando a atenção para a necessidade de contrariar a “conotação erradamente negativa” que ainda existe sobre as potencialidades que o interior do país pode oferecer.

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É preciso desafiar e incentivar a fixação de pessoas e empresas no interior

“Temos de criar incentivos para que as pessoas queiram construir o seu projeto de vida aqui. E temos de as desafiar a vir viver para estes territórios”, defendeu, no final de uma visita ao Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia.

A governante acentuou que essas potencialidades que o interior pode oferecer, quer ao nível da qualidade de vida para as famílias, quer para as empresas, começam a assumir um caráter diferenciador e capaz de, a breve prazo, atrair quadros qualificados, um objetivo que só poderá ser atingido de forma sustentável caso se consiga “assegurar às pessoas um nível equivalente de serviços públicos aos das regiões mais desenvolvidas”.

Para Ana Abrunhosa, é graças à “criação de incentivos”, quer por parte dos municípios, quer do Governo, exemplificando com a criação das “bolsas de habitação” ou dos programas que possibilitam aos jovens e às crianças terem espaços onde podem praticar desporto ou terem aulas de línguas, ou ainda de transportes rigorosamente gratuitos, que começa a dissipar-se a “barreira” que inicialmente se observava por parte das famílias, mas também das empresas, em se mudarem para as regiões do interior.

Para a responsável pela pasta da Coesão Territorial, também as empresas podem colher mais-valias significativas e serem altamente compensadas quando instaladas no interior, designadamente, como indicou, com o “investimento que têm de fazer na formação dos seus trabalhadores”, dando a este propósito o exemplo de que no interior as empresas conseguem reter os seus trabalhadores por muito mais tempo, enquanto nos grandes centros urbanos, como Lisboa ou Porto, a rotação dos trabalhadores é muito maior, “com as empresas muitas vezes a formar trabalhadores que sabem que os vão perder”.

Nesta sua visita a Évora, Ana Abrunhosa considerou o Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia como um “enorme caso de sucesso”, referindo que, do contacto que manteve com os diversos responsáveis das empresas ali instaladas, confirmou-se a ideia de que o parque já está a precisar urgentemente de uma segunda fase de expansão.

Segundo adiantou a ministra, este projeto já tem a sua candidatura aprovada aos fundos comunitários, num investimento de cerca de oito milhões de euros destinados à construção de quatro novos edifícios, garantido que as obras podem desde já ir “para o terreno”.