Dívida portuguesa está a baixar e ficará este ano nos 119% do PIB
A juntar aos outros êxitos já alcançados pela economia portuguesa nestes dois últimos anos com o Governo do PS, baixo défice, baixo desemprego e crescimento da economia, há agora que juntar, como lembrou ontem o primeiro-ministro, no debate quinzenal no Parlamento, a descida da dívida de Portugal que, garantiu, “continuará a baixar nos próximos anos”.
Tal como o primeiro-ministro já tinha garantido na véspera deste debate parlamentar, aquando da receção na residência oficial em São Bento ao Conselho da Diáspora Portuguesa, também o défice das contas públicas no final deste ano “será inferior ao estimado pelo próprio Governo”, ficando ao que tudo indica nos 1,4% do produto, prevendo-se agora que também a dívida líquida portuguesa baixe dos inicialmente previstos 121% do PIB, em abril, para os 119% no final do ano.
Perante este quadro, o primeiro-ministro não teve dúvidas em criticar os dois partidos da oposição de direita, acusando-os de terem “arriscado previsões” no princípio deste ano, de que Portugal com o atual Governo iria precisar de “um novo resgate ou de um Plano B”, perspetivando ainda a direita na altura uma “subida acentuada e a prazo do desemprego”.
Falharam, e falharam redondamente nas suas previsões, lembrando-lhes o primeiro-ministro que afinal o país não teve que recorrer a nenhum Plano B nem a qualquer resgate, e que já duas agências de ‘rating’, como realçou, retiram Portugal do lixo.
“Vamos continuar a sair do lixo porque o nosso país não é lixo”, acentuou o líder do Governo socialista, estranhando que PSD e CDS tivessem deixado de fazer as mesmas perguntas sobre os juros e a dívida que faziam no início do ano.
Na opinião do primeiro-ministro, a direita parlamentar deixou de insistir nas perguntas sobre os juros e a dívida, ou sobre qualquer outro assunto relacionado com a economia, porque para seu espanto as “taxas de juro estão a baixar e a dívida se encontra a descer”, assim como o desemprego e o défice, garantindo que, em relação à dívida, tudo será feito para continuar a reduzir o seu peso nos próximos anos, lembrando que o Governo não está só a governar para os rendimentos dos portugueses de hoje, “mas também para desonerar as gerações futuras”.
A importância das IPSS
Neste debate quinzenal, o primeiro-ministro não quis deixar de abordar também a questão da associação Raríssimas, recusando diabolizar o papel fundamental e o importante contributo que as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) desempenham na sociedade portuguesa, por causa de “um caso concreto”, garantindo que a auditoria que a Segurança Social está a fazer a esta associação Raríssimas “será obviamente pública”, depois de terminada.
António Costa, depois de garantir que considera “muito relevante” o contributo das IPSS, das misericórdias e das mutualidades na ação de apoio social em Portugal, salientou que o Governo que lidera não tem por hábito diabolizar a ação das IPSS em geral a propósito de um caso concreto, como não critica ou aponta o dedo acusatório à atividade de uma associação por factos “eventualmente ilícitos praticados por uma dirigente dessa associação”.