Direita revela “descaramento sem limites”
Quem aumentou a carga fiscal e agravou a injustiça social e se preparava para piorar ainda mais este cenário, foi o anterior Governo do PSD/CDS, disse o deputado João Galamba, hoje na Assembleia da República, em reação às críticas do PSD sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2017, críticas que o deputado socialista considerou serem de um “descaramento sem limites”.
João Galamba lembrou a propósito que a ex-ministra das Finanças, e agora deputada, Maria Luís Albuquerque, é a mesma pessoa que em nome do PSD prometeu aos portugueses que ia baixar a carga fiscal, e subiu-a de forma exponencial. Que depois desta promessa não teve qualquer vergonha em arrepiar caminho e alterar por completo esta narrativa e anunciar que afinal, a coberto da maior impunidade, ia manter o corte de salários na Administração Pública até 2019, que ia manter o corte no complemento solidário para idosos e no rendimento social de inserção, com pensões congeladas até 2019.
Esta é a mesma pessoa, disse ainda João Galamba, que hoje em nome do PSD tem o “descaramento” de afirmar que o Orçamento do Estado para 2017 “aumenta a carga fiscal e a injustiça social”, quando todas as instituições e organismos, nacionais e estrangeiros, assinalam que houve de facto com o atual Governo do PS, face ao que estava previsto com o anterior do PSD/CDS uma “baixa clara e significativa da carga fiscal em 2016” que será “ainda maior em 2017”.
O porta-voz do PS disse ainda que os “únicos impostos temporários” que a direita queria acabar em 2016 e em 2017, era o imposto sobre a chamada contribuição extraordinária sobre o setor energético, nomeadamente aplicados à Galp, REN e EDP, “muito antes, portanto, de porem fim a todos os cortes aplicados às famílias portuguesas e aos pensionistas”.
A prioridade para PSD e CDS, realçou ainda o deputado socialista, “era reduzir a carga fiscal para a Galp, REN e EDP”, prioridade que o PS e o Governo de António Costa “não tem”, disse ainda João Galamba, preferindo antes “baixar os impostos sobre o trabalho”.