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Direita deixa país em situação financeira complicada

Direita deixa país em situação financeira complicada

O Governo liderado por António Costa fará tudo com rigor para cumprir a meta do défice dos 3%, mas os desvios já previstos para dezembro dificultam muito a tarefa, evidenciando, mais uma vez, que a robustez financeira propagandeada pelo anterior executivo da direita é, na realidade, uma almofada frouxa.

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Direita deixa país em situação financeira complicada

Quem o revela é a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) que na sua mais recente nota da execução orçamental dá conta de que, só em novembro, o anterior Governo gastou 30% da almofada financeira total de 2015.

A designada almofada financeira corresponde ao montante que os executivos incluem nos orçamentos de cada ano para cobrir eventuais despesas excecionais não previstas.

Assim, e de acordo com a UTAO, até novembro foram gastos 629,8 milhões de euros das almofadas financeiras do ano em curso e este valor equivale a 67% dos 945,4 milhões inicialmente inscritos no Orçamento do Estado para 2015.

Mas a UTAO revela ainda que, nos primeiros dez meses deste ano, o Estado gastou 37% da almofada financeira e que só em novembro, o Governo de Passos Coelho e Paulo Portas gastou o equivalente a 30% do montante total.

Após estes dados terem sido conhecidos, o coordenador do PS na Comissão Parlamentar de Orçamento, João Paulo Correia, afirmou que o relatório da UTAO não é nada animador, acrescentando que tais números “deixam o país numa situação complicada”.

Governo dedica Conselho de Ministros às questões orçamentais

Entretanto, o Governo do PS irá dedicar uma reunião do Conselho de Ministros exclusivamente ao défice e às metas orçamentais, possivelmente já na próxima semana, adiantou a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques.

A governante reiterou o compromisso que António Costa fez recentemente, na Assembleia da República: “O primeiro-ministro já manifestou a preocupação, a disposição e o compromisso de se empenhar para que as metas do défice sejam cumpridas, controlando a produção de receita e a realização de despesa até ao próximo orçamento”.