Dinâmica de convergência com a Europa tem de prosseguir como ambição coletiva
A trajetória de convergência com a União Europeia “tem de ser ambição coletiva”, disse esta quarta-feira o primeiro-ministro, António Costa, na cerimónia de consignação da obra do acesso rodoviário ao porto de mar de Viana do Castelo.
Para o chefe do Governo, “só é preciso que haja boas políticas para ter bons resultados”, pelo que, acrescentou, importa dar continuidade às políticas que têm vindo a ser implementadas e que têm permitido alcançar bons resultados.
O líder do PS considera que, nesta fase, em que “a economia mundial dá sinais menos animadores”, é necessário “pedalar com mais força para contrariar as tendências que vêm de fora”.
Assim, “para sustentar a dinâmica que temos tido e que temos de ser capazes de manter” será necessário valorizar “a capacidade de consumo e de investimento estratégico, o potencial de desenvolvimento e de crescimento económico”, defende António Costa.
“Hoje temos margem para fazer mais aquilo que é necessário: investir nas infraestruturas que ajudam a reforçar e a potenciar o investimento privado já realizado e a potenciar o crescimento da nossa economia com uma base exportadora forte”, salientou o Secretário-geral socialista.
Existem, pois, “boas razões, não para descansarmos, mas para estarmos confiantes de que, se fizermos o que é necessário fazer, iremos chegar a bom porto e continuar a assegurar uma trajetória de convergência com a União Europeia, que tem de ser a nossa ambição coletiva”, declarou.
Investimento estratégico em Viana do Castelo
Na cerimónia, o primeiro-ministro salientou que a construção dos acessos rodoviários ao porto de mar de Viana do Castelo faz parte de um conjunto de medidas que visam “criar condições para Portugal poder aproveitar todo o potencial económico do mar”.
Trata-se de um investimento de 7,3 milhões de euros que irá permitir reforçar a competitividade do porto de Viana do Castelo e dos estaleiros navais.
A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, também presente na cerimónia, explicitou que esta obra inclui a construção de uma rodovia com 8,8 quilómetros que vai assegurar a ligação entre o porto comercial e o nó da Autoestrada 28 (A28), em São Romão de Neiva. A nova via permitirá, também, retirar o tráfego de pesados do interior de vias urbanas e, assim, melhorar a fluidez rodoviária.
A obra prevê, ainda, a requalificação de um troço e bermas da Estrada Nacional (EN) 13 e a construção de dois novos troços de ligação desta estrada nacional à A28, com acesso direto ao porto comercial.
A obra será financiada pela Câmara Municipal de Viana do Castelo e pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) e deverá estar concluída em agosto de 2020.
O primeiro-ministro, acompanhado pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, presidiu, também, à cerimónia de lançamento do concurso para o aprofundamento do anteporto e do canal de acesso aos estaleiros navais e ao cais do bugio.
As obras representam um investimento público de 18,5 milhões de euros e privado de 11 milhões de euros, o que, para o chefe do Executivo, constitui um “exemplo” de uma “boa” parceria entre os setores público e privado.