Devolver confiança
Falando aos jornalistas no final do encontro com o ministro germânico, o líder do PS sublinhou que essa recetividade não constitui uma novidade, recordando as muitas reuniões de trabalho que tem vindo a manter com o vice-chanceler alemão e líder do SPD, Sigmar Gabriel.
António Costa lembrou que as propostas que o PS tem vindo a defender para Portugal, assim como nas reuniões de trabalhos com os líderes europeus, não é a continuidade ou o caos, mas antes “terminar com o caos da austeridade e devolver confiança à sociedade portuguesa”, com o “reforço da nossa participação no euro”.
Não há convergência para continuar a política de austeridade
Falou depois da política interna, recusando qualquer reforma da Segurança Social que envolva cortes nas pensões, criticando a ministra das Finanças por confundir a sustentabilidade da Segurança Social com a sustentabilidade das famílias.
“Não há nenhuma hipótese para convergências, compromissos ou conciliações do PS para compartilhar a continuidade das políticas da coligação de direita”, garantiu António Costa.
Os 600 milhões de euros de cortes nas pensões que Maria Luís Albuquerque e a coligação PSD/CDS propõem, disse António Costa, para além de ser mais do mesmo, representaria mais um novo ataque aos rendimentos das famílias, prolongando os cortes aos funcionários públicos até ao fim da legislatura em 2019 e “sobrecarregando os portugueses com a manutenção da sobretaxa do IRS”.
Reivindicando soluções alternativas aos cortes nas pensões sustentados pela direita, o Secretário-geral do PS contrapôs a política defendida pelos socialistas que passa pela diversificação das fontes de financiamento para reforçar o sistema de Segurança Social, garantindo que, com o PS, “não haverá cortes nas atuais pensões”.
Ficam assim clarificadas as posições entre o que defende a direita e as propostas do PS quanto à sustentabilidade da Segurança Social, disse António Costa, congratulando-se com o facto de os portugueses poderem escolher entre “ dois caminhos diferentes e alternativos” quer no que respeita à Segurança Social, quer entre a continuidade das políticas de austeridade, preconizadas pela coligação de direita e o “virar de página” da austeridade defendida o PS.