Deputados do PS de Castelo Branco questionam Finanças sobre encerramento da CGD de São Vicente da Beira
Os parlamentares, que receberam o alerta dos autarcas e da população daquela freguesia, lamentam esta decisão e lembram que o fecho já tinha sido ponderado em 2017, mas acabou por não avançar depois da deputada Hortense Martins ter alertado o Governo sobre os constrangimentos que a decisão traria para a população.
De acordo com os socialistas os constrangimentos continuam atuais, já que a CGD é fundamental para o quotidiano dos 1.252 habitantes desta freguesia do concelho de Castelo Branco e dos habitantes de mais cinco freguesias vizinhas, que terão de deslocar-se a Alcains, a 20 km de distância, para terem acesso a uma agência da CGD. O serviços prestados por esta agência, alertam Hortense Martins e João Marques, são dirigidos sobretudo “a uma população envelhecida, com características de grande dependência de um serviço personalizado, que se baseia na confiança nos colaboradores da agência, e estando em muitos casos afastada da necessária literacia digital para aceder a outros canais de prestação de serviço, esta decisão implicaria uma discriminação intolerável desde o ponto de vista da igualdade de acesso dos cidadãos aos serviços públicos fundamentais”.
“O encerramento desta agência implicará um sério prejuízo para os habitantes desta freguesia e traduz-se numa profunda contradição com a política que o XXI Governo Constitucional tem prosseguido de promoção do desenvolvimento e da qualidade de vida dos cidadãos que residem no interior do país”, advertem ainda, para questionar se o Governo tem conhecimento dos critérios que serão usados na avaliação feita quanto ao serviço público a prestar à população e sobre quais os critérios usados no caso desta agência da CGD. “Foram acautelados os postos de trabalho dos colaboradores desta agência, assim como os seus direitos?”, perguntam. Por fim, interrogam a tutela sobre que medidas têm vindo a ser tomadas no sentido de garantir que as populações, de todo o país, e em particular do interior do território nacional, mantenham um elevado nível de serviço da entidade bancária pública, tendo em conta as suas características sociológicas, as distâncias e a falta de transportes públicos.