Democracia é uma construção de todos os dias
A Praça do Município, em Lisboa, acolheu, uma vez mais, as comemorações oficiais do 5 de Outubro. No final da cerimónia, o primeiro-ministro afirmou que “a democracia não é uma realidade estática”, pelo que, “é necessário que os democratas se batam para que a democracia seja viva”.
O líder do Executivo classificou o discurso do Presidente da República como “excelente”, considerando que a intervenção “ligou particularmente bem com o discurso do senhor presidente da Câmara de Lisboa”, Fernando Medina, o qual deu particular destaque às políticas de habitação.
“Eu queria-me associar ao apelo que o senhor presidente da Câmara de Lisboa aqui fez, para que a Assembleia da República rapidamente possa aprovar o conjunto de iniciativas legislativas que o Governo apresentou, tendo em vista não só aumentar o número de casas disponíveis para o arrendamento acessível, com forte incentivo para os proprietários as colocarem nesse regime, mas também as medidas necessárias para continuar a afirmar a habitação como um primeiro direito”, declarou o líder socialista.
Sobre o trabalho que tem vindo a ser realizado no sentido de garantir o direito à habitação, o chefe do Executivo disse que é “uma boa demonstração de como continuando a concretizar, dia a dia, os direitos fundamentais dos cidadãos”.
Medina destaca recuperação da confiança nas instituições
Para além da ênfase colocada nas questões de habitação, o autarca socialista de Lisboa destacou ainda, na sua intervenção, a “recuperação da confiança dos portugueses nas instituições da República”, considerando que o país está hoje “mais sólido e mais forte”.
“A comemoração do 5 de Outubro de 1910 ganha sentido de atualidade e de futuro quando dela fazemos momento de reflexão e de avanço na prossecução dos valores fundadores da República”, afirmou Fernando Medina.
Na opinião do autarca, vivem-se hoje “tempos de recuperação e confiança no país”, destacando que a “economia está a crescer e a criar oportunidades de emprego para centenas de milhares de portugueses, com tudo o que isso representa na vida das famílias, na valorização de cada cidadão, na redução da emigração e de aumento da confiança no futuro”.
“O défice público é hoje historicamente baixo, a dívida pública está em queda e, de forma gradual, mas segura, estão a ser corrigidas injustiças e a ser melhoradas as condições de vida de vastos segmentos da população”, lembrou ainda.
“A verdade é que o país está hoje mais sólido, mais forte e com mais confiança”, sublinhou