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Defesa da política de coesão “é a vontade comum da Europa e dos europeus”

Defesa da política de coesão “é a vontade comum da Europa e dos europeus”

O primeiro-ministro, António Costa, regressou ontem de Bruxelas, ao final do dia, mais otimista em relação à possibilidade de a União Europeia (UE) poder ter um orçamento para 2021-2027 “mais ambicioso” na defesa da “política de coesão”, depois de ter estado reunido durante todo o dia com diversas personalidades europeias, designadamente com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e com o presidente do Parlamento Europeu (PE), David Sassoli.

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Defesa da política de coesão “é a vontade comum da Europa e dos europeus”

Um otimismo que, segundo o primeiro-ministro e líder socialista, se alicerça nas conversas que manteve com os principais responsáveis das diversas instituições europeias, recolhendo de todos eles, como garantiu, a ambição, há muito partilhada por Portugal, de que o próximo orçamento comunitário manifeste, de forma clara e inequívoca, a “vontade comum da Europa e dos europeus” na aprovação de um documento “à medida das suas ambições”, salientando a este propósito que a política da coesão “tem aqui um papel fundamental”.

Para António Costa, que falava ao lado do presidente do Comité das Regiões, Karl-Heinz Lambert, e do líder do Comité Económico e Social Europeu, Luca Jahier, personalidades com quem manteve encontros de trabalho, o dia de ontem marcou uma etapa fundamental para “reforçar o otimismo sobre o futuro da Europa”, referindo o primeiro-ministro que as conversas que manteve com os líderes destas instituições deixaram claro que a discussão sobre o quadro financeiro europeu “não é uma luta entre países”, mas que este é o momento certo para se tomarem as decisões que levem ao “cumprimento daquilo que a União Europeia prometeu aos europeus”.

O primeiro-ministro português deixou ainda um recado aos seus colegas do Conselho Europeu, lembrando-lhes que não devem deixar de ouvir, não só a posição largamente maioritária dos países que já se afirmaram ‘Amigos da Coesão’, mas de escutar igualmente as posições assumidas pelas regiões dos seus países, que “são também beneficiarias da política de coesão”, ou de levar em consideração o que tem a dizer o Parlamento Europeu sobre esta matéria, organismo que é quem no fim, como recordou, “vai ter de aprovar ou não este orçamento”.

“No fim deste processo, é ao Parlamento que cabe aprovar o orçamento e, portanto, o Conselho [Europeu] tem de trabalhar para poder apresentar um orçamento que possa ser aprovado pelo Parlamento, e que o possa ser sem atrasos, porque a Europa e a economia europeia precisam de decisões rápidas, e não de novos adiamentos”, reforçou.