Defender uma Europa que garanta coesão, solidariedade e desenvolvimento
Sem o contributo decisivo da Europa, Portugal jamais teria atingido os atuais padrões de desenvolvimento económico, de progresso e de bem-estar social, garantiu o líder socialista no encerramento da convenção europeia da Região Centro, em Castelo Branco, sugerindo que ninguém acreditasse que era possível Portugal estar em melhores condições hoje ou amanhã caso viesse ou tivesse já optado por ter saído da União Europeia, pedindo aos mais velhos que reflitam e se lembrem do que era Portugal antes de ter entrado na União Europeia, referindo que, em relação às gerações mais novas, estas “nem sequer conseguem imaginar o que era” o país de então.
Segundo o chefe do Governo e líder do PS, numa altura em que parece que é moda atacar e criticar a União Europeia, designadamente com o visível crescimento dos nacionalismos e de algum soberanismo, importa que “nos mobilizemos para defender a União Europeia”, lembrando António Costa ser esta a maneira mais adequada de coerente de se proteger a tão apregoada necessidade de “regular a globalização”. E isto, como questionou, “se queremos criar universidades cada vez mais modernas, empresas mais competitivas, sociedades mais coesas e territórios com menores assimetrias”.
Mas uma coisa está ligada à outra, sustentou ainda o líder socialista, referindo que, para que a União Europeia proteja Portugal, “o país tem que ajudar a proteger a União Europeia”, considerando fundamental que os portugueses se “mobilizem em torno do voto” nas próximas eleições para o Parlamento Europeu, no dia 26 de maio.
Adotar as políticas certas
Segundo António Costa, não só no Governo português como em todos os congéneres europeus que, de forma clara e sem ambiguidades, têm manifestado empenhamento na defesa do projeto da União Europeia, há muito que existe a consciência de quais são os “grandes desafios” que se vão colocar num prazo relativamente curto aos europeus, e para os quais, como garante, “todos estamos preparados para os vencer”, empregando a necessária “persistência na adoção de políticas certas para obter os resultados que são os mais certos”.
Para o primeiro-ministro e líder socialista, em qualquer caso, o que é preciso é que nunca se desista “perante as dificuldades”, afirmando não ter dúvidas de que algumas complicações podem efetivamente surgir no quotidiano dos europeus, mas que elas serão “derrotadas perante a nossa determinação”, deixando ainda alguns alertas e realçando a “importância de Portugal integrar a União Europeia”.
A este propósito, António Costa defendeu que a grande tarefa que Portugal tem pela frente em relação à Europa “é prosseguir a grande visão inspirada” que Mário Soares teve em 1976, “quando percebeu que era entrando para a União Europeia (então CEE) que o país conseguiria consolidar a sua democracia e encontrar uma linha de desenvolvimento e de progresso”, garantindo que o PS tem dado continuidade a esta linha sempre que assume responsabilidades governativas.
O Secretário-geral do PS teve ainda ocasião para reafirmar o que há muito vem dizendo, que o PS não está, como nunca esteve, aberto a uma Europa qualquer, mas a uma “Europa que nos garanta a coesão, a solidariedade, os direitos humanos, a competitividade e a paz”.