Defender Schengen é preservar o espírito da unidade europeia
Numa visita oficial que hoje está a efetuar à Eslovénia, António Costa e Miro Cerar, depois de enaltecerem o tratado de Schengen e de manifestarem convergência de posições na necessidade de preservar e proteger o espaço de livre circulação na Europa, criticaram os que agora o põem em causa, lembrando “que são os mesmos” que em 2007 não só regatearam apoios, como festejaram com a abertura das suas fronteiras.
Lembrando que o espaço Schengen foi alargado precisamente entre 2007 e 2008, durante a presidência do Conselho Europeu da Alemanha, Portugal e Eslovénia, presidência que se voltará a repetir em 2021, António Costa e Miro Cerar foram unânimes em considerar que a presidência desse trio conseguiu na altura “grandes resultados”, recordando a aprovação do Tratado de Lisboa, e talvez até o “mais importante”, como concordaram, “para a vida e para o dia-a-dia dos cidadãos”, com o alargamento do espaço Schengen a países como a Eslovénia.
Para António Costa, é “absolutamente fundamental” que os países que hoje integram o espaço Schengen sejam capazes de recuperar “esse espírito de unidade tão celebrado em 2007”, dando a este propósito o exemplo de Portugal e da Eslovénia, que nem pelo facto de ambos estarem “geograficamente em zonas diferentes da União Europeia”, como sustentou o primeiro-ministro português, invalida que os dois países deixem de “partilhar valores idênticos”, como o da liberdade, que “é hoje tão importante como o era em 2007 e como o será em 2021”, ano em que o trio, Alemanha, Portugal e Eslovénia voltarão de novo a juntar-se para presidir ao Conselho da União Europeia.