Declarações insensatas e contraditórias são causa do afastamento dos cidadãos europeus
Carlos César reagia ao facto de Wolfgang Schäuble ter dito que Portugal iria pedir um segundo resgate, para depois se corrigir dizendo que o país vai precisar de novo resgate se não cumprir as regras europeias.
“Como se percebe, nem o próprio Wolfgang Schäuble percebeu o que disse e do que falava”, disse o presidente do PS.
“É por estas e por outras que, infelizmente, há cada vez mais cidadãos europeus que se revelam contra essa arrogância persistente e insensata”, acrescentou Carlos César.
Também o porta-voz do PS, João Galamba, comentou as declarações do ministro das Finanças alemão, considerando que a Europa, nesta fase, precisa de estabilidade e não de “incendiários”.
“A última coisa que precisamos neste momento é de incendiários. Já chega a situação complicada no Reino Unido”, salientou.
Governo mantém rumo e compromissos
Entretanto, o Ministério das Finanças já garantiu que não está a ser considerado qualquer novo resgate, acrescentando que o Governo está empenhado em cumprir as metas orçamentais.
“Tendo em conta as declarações do ministro alemão das finanças, Wolfgang Schäuble, e ainda que tendo sido imediatamente corrigidas pelo próprio, o Ministério das Finanças esclarece que não está em consideração qualquer novo plano de ajuda financeira a Portugal, ao contrário do que o governante alemão inicialmente terá dito”.
O Ministério das Finanças “reitera o empenho do Governo português no cumprimento dos seus compromissos europeus, parlamentares e, acima de tudo, com os portugueses”.
“No atual momento que a Europa atravessa o Governo continuará a trabalhar com a serenidade e a responsabilidade que o projeto europeu exige”, refere ainda o comunicado oficial.