Dar força ao PS é fazer a diferença para construir uma Europa solidária e progressista
Que não haja nem dúvidas nem hesitações. “É muito importante que todos participem nas próximas eleições europeias”. Foi este sobretudo o recado deixado pelo líder socialista, António Costa, este fim de semana no encontro promovido pela JS, subordinado ao tema “A tua geração na Europa”, encontro que teve lugar na Biblioteca José Saramago, na cidade do Lis.
De entre os alertas e conselhos deixados pelo Secretário-geral socialista e primeiro-ministro aos muitos jovens que enchiam por completo a Biblioteca José Saramago, António Costa fez sobretudo questão de apelar aos mais novos para que em nenhum caso se deixem enlaçar na “ingenuidade”, lembrando-lhes que há “quem sonhe com uma má votação do PS” nestas eleições europeias, não só para enfraquecer o Governo do PS, como referiu, mas sobretudo para “desacreditar as políticas que temos vindo a seguir” e que têm permitido, como garantiu, “ter mais emprego, menos desigualdade e mais crescimento económico”.
O líder socialista destacou ainda serem estas eleições também de grande significado porque nelas “pela primeira vez” vão votar os cidadãos que nasceram já no século XXI, salientando António Costa que até por isso “não poderiam deixar de ser eleições do século XXI para a geração do século XXI”.
Para o líder socialista, a única maneira de impedir que a mensagem da direita ganhe lastro e mais adeptos, é que haja uma “grande mobilização” do voto nas listas do PS, acrescentando deste modo maior legitimidade ao Governo para que prossiga com as políticas que têm contribuído ao longo desta legislatura para melhorar o clima económico e social do país.
Ainda segundo António Costa, votar na lista do PS no próximo dia 26 de maio significa também subscrever as causas pelas quais o Governo português se tem vindo a bater na Europa, designadamente em matérias tão importantes como seja o caso das questões da neutralidade carbónica em 2050, mostrando igualmente que também não se é indiferente o facto de Portugal pertencer por direito próprio à União Europeia.
A lição do Brexit
Neste encontro em Leiria com os jovens socialistas, o Secretário-geral do PS, tal como antes já o tinha feito igualmente o cabeça de lista às eleições europeias, Pedro Marques, alertou que a opção por não votar nas eleições europeias “pode fazer a diferença para muito pior”, como sucedeu há cerca de dois anos quando os jovens britânicos se alhearam voluntariamente do referendo sobre o ‘Brexit’, “escolhendo não escolher”, prejudicando aquela que era a sua posição maioritária de permanência do Reino Unido na União Europeia.
Ainda segundo António Costa, assim como “não é a mesma coisa votar nuns ou noutros na Europa”, do mesmo modo também não é indiferente votar no PS ou numa outra qualquer força partidária a nível nacional, garantindo que votar no PS é estar a ajudar a construir uma Europa ainda com mais “liberdade e democracia, mais justa, solidária e progressista”.
Para o Secretário-geral socialista, estas são também as eleições em que os europeus têm de estar unidos e atentos perante eventuais ataques aos valores democráticos “vindos de dentro ou de fora da Europa”, porque só unidos, como sustentou, será possível “dar continuidade ao projeto europeu iniciado pelas anteriores gerações”, um projeto, como referiu, que “nos permitem hoje usufruir de liberdade e de regimes democráticos”.
Não é de todo aceitável, destacou ainda o líder socialista, que em muitos países da União Europeia se esteja a assistir ao “renascimento da xenofobia ou à afirmação do racismo”, quer seja relativamente àqueles que já nasceram na Europa, quer seja em relação aos outros que nas fronteiras da Europa “procuram refúgio e solidariedade contra a guerra, violação dos direitos humanos ou catástrofes naturais”, garantindo que o PS vai continuar a lutar por uma Europa da “liberdade e da democracia” e que assenta na dignidade das pessoas, “seja qual for a cor da pele, o credo ou o seu modo de vida”.
Já na parte final da sua intervenção, depois de subscrever o desejo antes manifestado por Pedro Marques, que garantiu que o desígnio do PS é ver a Europa regressar a uma governação sobretudo preocupada com “as pessoas, com as classes médias e com os jovens”, António Costa voltou a sua atenção para os mais novos, lembrando-lhes o “enorme poder transformador” que têm nas mãos e os muitos reptos que terão de enfrentar, designadamente em matérias tão importantes como as alterações climáticas, “o maior desafio que a humanidade enfrenta”, recorrendo a este propósito a uma frase já célebre proferida pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, quando um dia afirmou que “não estamos aqui para salvar o planeta, mas para salvar a espécie humana”.