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Dar ao PS a vitória sobre a direita que “nada fez” e pelo avanço progressista na Europa

Dar ao PS a vitória sobre a direita que “nada fez” e pelo avanço progressista na Europa

António Costa acusou ontem PSD e CDS de não terem dado até hoje qualquer contributo sério no “combate às alterações climáticas”, imputando-lhes ainda a responsabilidade pela luta que desencadearam contra a redução do preço dos passes sociais e pela opção que tomaram na anterior legislatura de desinvestir no transporte público.

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Dar ao PS a vitória sobre a direita que “nada fez” e pelo avanço progressista na Europa

O Secretário-geral socialista foi ontem ao jantar comício do PS em Matosinhos acusar a direita de “nada fazer para combater as alterações climáticas”, uma crítica que António Costa dirigiu ao PSD e CDS na véspera de uma “greve climática”, como a designaram os jovens de mais de 100 países que a convocaram para hoje, 24 de maio, exigindo medidas a favor da proteção do ambiente.

Segundo António Costa, de muito pouco ou nada vale a direita afirmar que também está preocupada com as alterações climáticas, quando na prática o que nos mostra, como alertou, é que é esta mesma direita, PSD e CDS, que nunca deixou de combater e de se opor às políticas energéticas apresentadas pelo Governo ou de travar uma luta sem quartel contra o projeto da mobilidade elétrica.

Trata-se da mesma direita, como acrescentou ainda o líder socialista, que votou na Assembleia da República contra um dos “mais poderosos instrumentos de promoção do transporte público”, representado pela nova geração de passes sociais únicos, uma ferramenta que vai ajudar a “diminuir significativamente o custo dos transportes para as famílias e promover a mobilidade sustentável”.

Neste sentido, António Costa alertou que há que destrinçar entre aqueles que se “limitam a dizer que são contra as alterações climáticas”, mas que simultaneamente são os mesmos atores responsáveis pelo “desinvestimento nos transportes públicos e pelo voto contra a criação do passe social único”, e os outros, nos quais o PS se integra de forma ativa, que trabalham com os autarcas para “criar o passe único”, que aprovam medidas de mobilidade elétrica e apostam nas energias alternativas, concluindo que, nas eleições do próximo domingo, os partidos em disputa “não são de facto todos iguais”também em matéria ambiental.

Responsabilidade orçamental

O Secretário-geral socialista voltou a apresentar o Governo, tal como o tem feito ao longo desta campanha eleitoral para as europeias de norte a sul do país, como um “exemplo de responsabilidade orçamental”, lembrando que PSD e CDS se enganaram redondamente também quando anteciparam que Portugal iria recorrer a um novo resgate, abrindo espaço a uma nova crise financeira, o que não só não se veio a verificar como, pelo contrário, referiu António Costa, o país apresenta hoje, entre outros avanços, níveis de desenvolvimento económico como há muito não se viam, as exportações a crescerem, o défice das contas públicas e a dívida a diminuírem, com o desemprego e a pobreza a baixarem.

Algo que não acontece, lembrou ainda, porque o Governo do PS sempre “cumpriu todas as metas”, ao contrário do que aconteceu com o executivo anterior das direitas, em que durante os quatro anos e meio em que estiveram no poder, “em nenhum ano, conseguiram aprovar um único orçamento – e houve 12 – em que não fossem obrigados a apresentar orçamentos retificativos”.

Já na parte final da sua intervenção, António Costa voltou a defender a presença do PS no que designou por uma “grande frente progressista na Europa”, referindo que só reunindo os líderes europeus que defendem uma Europa forte e progressista será possível enfrentar e derrotar a extrema-direita que está a “tentar levantar a cabeça” em muitos Estados-membros da União Europeia.