Cronómetro dos professores voltará a contar para progressão
O compromisso foi assumido por António Costa no final da Comissão Política Nacional do PS, uma reunião em que a questão do descongelamento das carreiras dos professores foi um dos principais temas em análise.
Segundo fez questão de salientar, o líder do PS considera compreensível a revolta dos professores face a uma medida que consideram injusta.
“Compreendo que os revolte e que a considerem injusta quando há vários anos se parou o cronómetro que contava o tempo da sua carreira para efeitos de progressão”, disse.
Nas palavras do primeiro-ministro, a proposta de Orçamento do Estado para 2018 “vai de novo pôr o cronómetro a funcionar”.
“Este Governo não está a congelar, mas a descongelar, não está a cortar, mas a repor aos professores e a todos os trabalhadores da administração pública o direito a progredirem na sua carreira”, lembrou, estimando que, durante o próximo ano, cerca de 46 mil docentes vão progredir nas suas carreiras.
Questionado sobre a contagem do tempo de serviço dos professores enquanto houve congelamento, o Secretário-geral disse ser “o primeiro a reconhecer a legitimidade de reparação desse tempo”.
Todavia, evidenciou a dificuldade de fazer “essa correção da história”, porque o impacto financeiro é gigantesco.
“Mesmo diluído no tempo, tal como propõem os sindicatos, é muito difícil encontrar-se uma solução financeira sustentável”, sustentou o líder do Executivo, adiantando que a reposição imediata e total dos anos de congelamento custaria 650 milhões de euros.
Para António Costa, no momento em que se descongelam as carreiras, “não se podem criar riscos para que no futuro se regresse a um congelamento”.
E é por isso que advogou a necessidade de “dar um passo sustentável, nunca se caindo no risco de tropeçar”.
Garantindo a disponibilidade do Governo socialista para ouvir propostas, António Costa enfatizou que “há medidas que foram adotadas que são de muito difícil reversibilidade”.