Criação de emprego é solução para principais problemas do país
A emigração dos jovens portugueses face à ausência de emprego e às baixas remunerações, bem como as preocupações dos reformados com as baixas pensões e com o aumento da idade da reforma foram alguns dos temas que, nesta deslocação ao Barreiro, distrito de Setúbal, suscitaram várias perguntas ao líder do PS e ao deputado Vieira da Silva.
Na ocasião, os dirigentes socialistas reiteraram alguns compromissos, perante os mais novos e mais velhos, como a necessidade de renovar a administração pública portuguesa.
E lembraram que o atual Governo PSD/CDS é responsável pelo retrocesso do país nos últimos quatro anos.
Neste sentido, o Secretário-geral do PS apontou que “o emprego é a causa das causas porque diz respeito a toda a gente”.
“Diz respeito a quem não tem e procura emprego, a quem tem emprego e tem a angústia de o perder, àqueles que estão em situação precária e querem ganhar segurança, aos reformados, que precisam que haja empregados que façam as contribuições para continuar a assegurar o pagamento corrente da segurança social”, explicou, acrescentando que “o emprego até diz respeito às crianças que estão por nascer, porque se nós queremos aumentar a natalidade temos de ter, antes de mais, emprego”.
Depois de sustentar que “sem emprego não há aumento da natalidade”, o líder do PS salientou ainda que o drama demográfico que o país vive só terá resolução “quando Portugal for capaz de proporcionar emprego e boas condições de vida aos jovens portugueses e voltar a atrair imigrantes de outros países”.
Governo devia ter proposto redução da austeridade
A propósito do agravamento da situação que se está a viver na Grécia, António Costa considerou ser do interesse de Portugal e dos portugueses “que esta crise do euro passe o melhor possível e o mais depressa possível”.
“O problema não se resolve se a crise se arrastar ou se acabar com a humilhação de alguns dos intervenientes”, vincou, advogando que o Executivo Passos/Portas deveria ter aproveitado o pedido grego de redução da austeridade para propor o mesmo em todos os países europeus.
“Quando aparece um governo que diz que pretende menos austeridade na Grécia, o Governo português em vez de aproveitar para dizer: Vamos criar condições para diminuir a austeridade em todos os países, e também em Portugal, não. O que quer é que haja mais austeridade para os gregos, como se isso diminuísse a austeridade que nós próprios sofremos”, disse o Secretário-geral, durante um debate com jovens e reformados.