home

Crescimento e competitividade são apostas do PS para combater o empobrecimento da Madeira

Crescimento e competitividade são apostas do PS para combater o empobrecimento da Madeira

O presidente eleito do PS/Madeira, Sérgio Gonçalves, vincou este sábado o foco dos socialistas em apresentar soluções conducentes a um novo ciclo de desenvolvimento que seja capaz de tirar a Região do ciclo de empobrecimento a que ficou votada ao fim de quase cinco décadas de governação do PSD.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais
Sérgio Gonçalves, PS/Madeira

No âmbito de uma conferência sobre os desafios estratégicos para a Região, que teve lugar em Santa Cruz, o presidente eleito do PS deu conta dos graves problemas que a Região enfrenta, defendendo medidas públicas de âmbito fiscal, de apoio à criação de emprego e de promoção da coesão social e territorial que respondam a esta situação.

“Temos hoje a região mais pobre do País, com a taxa de risco de pobreza e de privação material severa mais elevada e temos problemas em termos demográficos que decorrem também desta falta de oportunidades”, afirmou Sérgio Gonçalves, apontando igualmente o facto de 88% do rendimento médio mensal da população ativa na Região corresponder ao salário mínimo regional, o que também tem contribuído para que, nos últimos 10 anos, cerca de 17 mil madeirenses tenham saído da Região.

O dirigente socialista referiu que muitos dos problemas com que a Região se depara relacionam-se com a sua condição insular e ultraperiférica e com as questões da continuidade territorial e da mobilidade, mas sublinhou que decorrem também daquela que tem sido a incapacidade do Governo Regional em implementar medidas para responder aos desafios demográfico, da coesão e do combate às desigualdades.

“Tudo isto se faz com políticas direcionadas para ganhos de competitividade e de crescimento que permitam às nossas empresas criar emprego, pagar melhores salários e retermos cá a população residente”, sustentou o responsável, defendendo igualmente a importância de apostar na formação e de adequar as qualificações às necessidades e às oportunidades que existem no mercado de trabalho, mas também de criar novas oportunidades.

Por outro lado, Sérgio Gonçalves considerou que a Madeira precisa de fazer uso dos instrumentos autonómicos de que já dispõe. “A Região tem neste momento a possibilidade de reduzir os impostos nacionais em 30% e só o faz em termos de IRC. Não o faz no IRS, onde os madeirenses continuam a pagar mais do que os açorianos em cinco dos sete escalões, e não o faz em sede de IVA”, disse, acrescentando que a redução do IVA seria um estímulo muito importante não só para o rendimento disponível das famílias, mas também para que as empresas pudessem ter outras condições de tesouraria.

A um outro nível, o presidente eleito do PS/Madeira advogou a necessidade de implementar as alterações ao subsídio social de mobilidade e de instalar os radares no aeroporto. Não obstante a resolução destas questões pendentes com a República (reivindicações que o PS/Madeira acompanha), o dirigente socialista frisou que há outras matérias que só dependem do Governo Regional e que, passados tantos anos, continuam sem resposta, como o plano de contingência do aeroporto e a criação do fundo regional para captação de novas rotas, fatores que seriam determinantes para melhorar as condições de mobilidade e de acessibilidade à Região, quer para os turistas, quer para a população residente.

Sérgio Gonçalves deu ainda conta do compromisso do PS de apresentar as melhores soluções para os madeirenses e porto-santenses no programa de governo para as eleições regionais de 2023, mas lembrou também o trabalho que tem vindo a ser feito pelo Grupo Parlamentar, adiantando que os socialistas já apresentaram cerca de 200 propostas, ao passo que o PSD e o CDS apenas apresentaram 50. “Isto quer dizer que nós fazemos num ano aquilo que eles fazem em quatro”, sublinhou.

Solidariedade com o povo ucraniano

Na ocasião, o novo presidente eleito do PS endereçou ainda uma mensagem de solidariedade ao povo ucraniano, considerando que o conflito que se vive naquele país, em consequência da invasão russa, é um problema que a todos deve preocupar.

Momentos antes, Oksana Kerekesh, uma cidadã ucraniana a residir na Madeira, agradeceu, de forma emocionada, o apoio e solidariedade que têm sido manifestados pelos madeirenses ao povo ucraniano, apelando à paz e ao governo russo para que recue nesta ofensiva.

ARTIGOS RELACIONADOS

25 de Novembro

Vivi os acontecimentos políticos do 25 de Novembro de 1975, aos meus 19 anos de idade, com muita ...