Crescimento da despesa confirma investimento na Saúde
Falando aos jornalistas à saída da 14ª Conferência Internacional de Saúde Urbana, que ontem teve lugar em Coimbra, o ministro da Saúde, referindo-se aos números divulgados um dia antes pela Direção-Geral do Orçamento, que indicam e sinalizam que houve um aumento da despesa no setor da Saúde, e “não uma diminuição”, afirmou que fica provado, com esta demonstração, que não só “não houve nenhuma austeridade ou cortes no setor da saúde”, como nunca houve, “como está a haver em 2017, tanto dinheiro alocado à saúde”.
E a prova de que não só não houve cortes nem austeridade no setor, lembrou o titular da pasta da Saúde, está plasmado, como sublinhou, no facto de se verificar mais crescimento, quer em atividade “com mais consultas, mais cirurgias e mais medicamentos inovadores”, quer na integração no sistema de mais quatro mil profissionais.
O ministro lembrou ainda que o Governo está a construir “um grande número de centros de saúde e a lançar hospitais”, iniciativas que na opinião de Aldalberto Campos Fernandes “desmentem a ficção” de que há cortes ou restrições na saúde, apontando mesmo que, no conjunto do Governo, a saúde é o setor que mais está a crescer.
E está a crescer, como realçou, não apenas em encargos com pessoal, mas também em mais “aquisições de bens e serviços”, nomeadamente em medicamentos, sublinhando o ministro que este esforço que está a ser feito tem por objetivo “dar prioridade a um setor que estava atrasado e a precisar de mais recursos”, lembrando, contudo, que o Governo não se esquece de que “há matérias que têm 20 anos de atraso”, designadamente em relação “às carreiras profissionais”.
Carreiras descongeladas já em janeiro
Quanto a este último ponto, Adalberto Campos Fernandes garantiu que já no próximo mês de janeiro o Governo vai dar início ao processo de descongelamento das carreiras, uma iniciativa, como lembrou, que vai representar “um esforço enorme para todo o conjunto da sociedade”, mas que não deixará de trazer significativos benefícios à população e ao setor.
O ministro teve ainda ocasião para afirmar que em sua opinião o país “não pode voltar para trás”, defendendo a propósito que a saúde “tem de atender às necessidades das pessoas”, o que não implica, como adiantou, que o Governo subestime a sua própria estratégia, que passa, como aludiu, a “mais crescimento económico e à criação de emprego e de contas públicas controladas e sustentadas”.