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CPLP – a palavra que faltava

CPLP – a palavra que faltava

A Comunidade de Países de Língua Portuguesa reuniu em cimeira de chefes de Estado e de governo no início desta semana. Apesar de se tratar de um marco, porque o Brasil regressou ao bom caminho, porque se afirmou a vontade de aprofundar os universos de cooperação, porque se colocaram temas que há muito esperavam, a cimeira ficou aquém.

Opinião de:

CPLP – a palavra que faltava

António Costa levou na bagagem trabalhos na área da cultura, educação e formação. Eram, aliás, áreas que estavam na lista de prioridades da reunião. Mas não se ficou por aqui. Fez uma proposta que pode revolucionar o futuro do falar português – a circulação e o reconhecimento facilitados. 

Claro está que há um longo caminho a fazer. Desde logo porque Portugal integra um outro espaço sujeito a limitações, mas também porque a reciprocidade não pode ser negada perante a abertura de portas. 

Mas esta cimeira tratou, ainda, de colocar um ponto nos ii. A CPLP é um agregado de democracias, é um ente onde há critérios primeiros que não se podem esquecer. Ao alertar a Guiné Equatorial para a urgência de promover a eliminação da “pena de morte”, Costa não fez mais do que dizer o óbvio – Portugal não se sente confortável com o abastardamento dos princípios fundadores. 

O aviso ficou. Urge fazer cumprir decisões anteriores. Se Malabo se negar a entender o que deve fazer mais não lhe resta que promover a viagem de retorno.