CPLP – a palavra que faltava
António Costa levou na bagagem trabalhos na área da cultura, educação e formação. Eram, aliás, áreas que estavam na lista de prioridades da reunião. Mas não se ficou por aqui. Fez uma proposta que pode revolucionar o futuro do falar português – a circulação e o reconhecimento facilitados.
Claro está que há um longo caminho a fazer. Desde logo porque Portugal integra um outro espaço sujeito a limitações, mas também porque a reciprocidade não pode ser negada perante a abertura de portas.
Mas esta cimeira tratou, ainda, de colocar um ponto nos ii. A CPLP é um agregado de democracias, é um ente onde há critérios primeiros que não se podem esquecer. Ao alertar a Guiné Equatorial para a urgência de promover a eliminação da “pena de morte”, Costa não fez mais do que dizer o óbvio – Portugal não se sente confortável com o abastardamento dos princípios fundadores.
O aviso ficou. Urge fazer cumprir decisões anteriores. Se Malabo se negar a entender o que deve fazer mais não lhe resta que promover a viagem de retorno.