home

Convocar a sociedade para uma discussão ampla e participada

Convocar a sociedade para uma discussão ampla e participada

O Ministério do Ambiente quer que no primeiro semestre do próximo ano, escolas, empresas, organizações não-governamentais e entidades públicas e privadas, participem ativamente na discussão do projeto sobre a Estratégia de Educação Ambiental, que o Governo ontem apresentou publicamente.

Notícia publicada por:

Convocar a sociedade para uma discussão ampla e participada

O projeto que foi ontem apresentado em Lisboa, pelo Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes e pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, vai agora ser objeto de discussão nos próximos seis meses, garantindo o titular da pasta do Ambiente, que em junho próximo, o Governo estará em condições de aprovar e de colocar no terreno uma estratégia de educação ambiental para o período de 2017/2020.

Segundo Matos Fernandes, o objetivo desta iniciativa do Governo, é dar uma maior “literacia aos portugueses em matéria de educação ambiental”, desiderato, como admite, terá de “ser muito participado”, lembrando a propósito, que apesar de já existem muitas iniciativas que têm como objetivo aumentar o nível de consciencialização das pessoas para as questões do ambiente é, contudo, como sustentou, necessário “chegar a mais gente”.

Este alargar do leque à participação de “mais gente” no debate sobre as questões do ambiente, ainda segundo Matos Fernandes, tem de passar por chamar à discussão as escolas, as associações empresariais, mas também todos aqueles que têm responsabilidades e “ligação à gestão do território”, assim como organizações da área do ambiente, e “organismos públicos ou fundações”.

Este projeto, cuja estratégia assenta em três eixos temáticos, descarbonizar a sociedade, tornar a economia circular e valorizar o território, será dotado, já em 2017, de um milhão de euros, como garantiu o ministro do Ambiente, verba que será reforçada com um apoio de fundos comunitários, mas também com uma “parcela dos investimentos oriundos da área ambiental”.

Para o titular da pasta do Ambiente, “não é razoável” investir dez milhões de euros a construir ETAR (Estações de Tratamento de Águas Residuais), “que são indispensáveis”, sem associar a este processo uma “componente de educação ambiental”, de forma a permitir, frisou, que todos percebam a “importância desse investimento”, garantindo que em “investimentos financiados pelo Governo” até um milhão de euros, “cinco por cento tem de ser para educação ambiental”.

O papel da escola

Reconhecendo que é na escola que se “joga grande parte deste desafio” e onde se “toma a perceção”, desde cedo, da importância da proteção e defesa dos recursos naturais, o ministro da Educação, também presente nesta iniciativa, depois de lembrar que a educação para o ambiente “já se faz nas escolas”, anunciou que já em janeiro estará em consulta pública um referencial de educação, “recomendações que as escolas podem adotar” para o ambiente.