Contratos com escolas privadas serão reavaliados
Durante a audição na comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República, Alexandra Leitão explicou a forma como a nova tutela vai tratar os contratos de associação celebrados entre o Ministério da Educação e colégios privados, inicialmente criados para garantir a oferta pública de escolas nas zonas do país sem essa oferta.
Segundo garantiu a governante, existem compromissos celebrados que não serão interrompidos de forma abrupta, mas o ministério quer analisar esses contratos para que não haja redundâncias desnecessárias na rede de ensino.
“É necessário uma racionalização da rede”, afirmou, acrescentando que “tem de haver uma avaliação da rede” e esta “não deve ter redundâncias.
Alexandra Leitão participava numa audição realizada a pedido dos deputados do CDS-PP, que pediram a presença do ministro da Educação para explicar as medidas introduzidas pela nova equipa ministerial.
Corrigir erros, devolver estabilidade, promover sucesso
Na ocasião, Tiago Brandão Rodrigues reiterou que o objetivo do novo modelo de avaliação dos alunos do ensino básico é “corrigir erros, devolver estabilidade e promover o sucesso escolar”.
E insistiu na necessidade de “valorizar a confiança nos professores e as competências transversais dos alunos, de que é exemplo o desporto”.
O ministro sublinhou igualmente que há que “manter o foco nas aprendizagens”, através de um “modelo integrado, e não de respostas avulsas”.
Tiago Brandão Rodrigues sublinhou de seguida que “rigor é monitorizar o sistema, facilitismo é deixar andar e apenas fazer exames”.
Sobre o ensino artístico, o titular da pasta da Educação referiu que “o cenário encontrado era desesperante, mas o gabinete do Ministério da Educação avocou o processo e resolveu rapidamente a situação de completa asfixia de muitas instituições e famílias de professores.
Já a propósito do ensino profissional, o governante sublinhou a importância deste para a economia e para o sistema educativo, tal como a formação de adultos, que “será retomada”.
“O sucesso escolar é promotor da mobilidade social, daí que a modernização e a simplificação administrativas sejam prioridades para o Governo. Queremos aplicar o Simplex à escola pública”, concluiu.