Construir uma Europa mais unida e mais forte
Numa sessão na qual participaram os ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, e os secretários de Estado dos Assuntos Europeus, Margarida Marques, e adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, António Costa fez notar que “a voz dos cidadãos tem mostrado, nas mais recentes eleições do continente europeu, a rejeição de respostas isolacionistas, retrógradas e xenófobas”.
E enfatizou a ideia de que “os cidadãos parecem crescentemente convictos de que a melhor forma de vencer os desafios futuros será trabalhando em conjunto com os parceiros europeus”.
“Temos que dar prioridade à retoma da convergência económica”, frisou o primeiro-ministro, para quem “será impossível progredir no projeto europeu sem reformar a União Económica e Monetária (UEM)”.
Eficácia na dimensão social
A propósito de “outros ingredientes para construir uma União Europeia mais unida e mais forte”, António Costa sublinhou o contributo da Comissão Europeia no Livro Branco.
Centrado, primeiramente, na dimensão social da UE, advogando a necessidade de “construir uma Europa mais social, em que a ação da União neste domínio seja eficaz”.
Em segundo lugar, sobre a globalização, o líder do Governo deu especial ênfase à urgência de “garantir uma repartição mais equitativa dos benefícios por todos os cidadãos e protegê-los, e às economias europeias, dos seus efeitos negativos”.
Em terceiro lugar, sobre o futuro da defesa europeia, Costa declarou que “estamos disponíveis para apoiar o reforço da cooperação europeia na área da Defesa e Segurança” e reconheceu a preocupação dos cidadãos com os desafios e ameaças que se colocam nesta área.
Prioridade à união económica e monetária
Quanto à união económica e monetária, António Costa manifestou a sua absoluta convicção no carácter prioritário da reforma, defendendo as necessárias adaptações dos instrumentos de que a União Europeia dispõe, como o Orçamento, para criar as condições de crescimento e de mais e melhor emprego em todos os Estados-membros.
O primeiro-ministro afirmou que “a reforma da UEM é essencial para que tenhamos uma união monetária estável”, defendendo eu Só o reforço da convergência e a criação de condições para que as economias de todos os Estados-membros cresçam assegurarão que todas as desejáveis reformas as outras reformas se possam efetuar.
A terminar, António Costa recordou que “há uma lição que devemos todos retirar da crise financeira e das dívidas soberanas que vivemos recentemente: as assimetrias e os desequilíbrios entre os Estados-membros reduzem o crescimento potencial e minam a estabilidade da moeda única”.
A concluir, pontualizou que “o aprofundamento da União Económica e Monetária e a discussão sobre o futuro das finanças da União Europeia são elementos centrais da reflexão que temos que fazer”.