Consenso em torno de novo aeroporto de Lisboa é urgente
Na ocasião, António Costa sustentou que, caso se reforce a diversificação da oferta, “o turismo em Portugal tem ainda margem para crescer”.
“Importa concentrarmo-nos no futuro e recuperar o tempo perdido, assegurando rapidamente a solução duradoura, politicamente consensual, para dotarmos o país de um aeroporto internacional com a capacidade que o crescimento do tráfego aéreo necessariamente impõe”, defendeu o líder do Executivo socialista.
Ainda sobre a resolução urgente da abertura de um novo aeroporto, Costa avisou mesmo que não se cansará de repetir o quanto é “absolutamente essencial”, para realizar grandes investimentos públicos, o país ser capaz de construir “consensos políticos alargados”.
“Isto com a consciência de que cada decisão de fazer ou de não se fazer nunca será uma decisão cujos efeitos se esgotem na legislatura em que é tomada, mas que duradouramente se projeta para décadas e séculos posteriores”, alertou, considerando que a solução base assumida pela ANA – Aeroportos de Portugal e pelo Estado Português em relação ao Montijo, distrito de Setúbal, “deve ser objeto de todos os estudos necessários para que não haja dúvidas, hesitações e se tomem as decisões que urge tomar”.
“Temos de recuperar tão rapidamente possível o tempo que estamos atrasados para dotar o país com um novo aeroporto internacional com a capacidade que Portugal carece”, reafirmou, mostrando-se convicto de que o turismo em Portugal tem ainda margem de crescimento.
Na perspetiva de António Costa, e caso se aposte na diversificação da oferta, designadamente na valorização do património cultural e das regiões do interior, bem como no turismo de congressos, poderá reforçar a tendência já existente.
E indicou que, nos últimos dois anos, houve 41 novos congressos internacionais no país, o que “ajuda a quebrar o fator da sazonalidade” inerente a esta atividade.
A propósito das questões relativas à acessibilidade, o primeiro-ministro salientou a abertura, no último biénio, “de 104 novas rotas e operações no período de inverno” e de mais “42 no período do verão”.
“Esta questão das acessibilidades dá atualidade a novos desafios que se colocam a Portugal”, disse Costa, referindo-se novamente ao problema de o aeroporto de Lisboa ter atingido o limite de capacidade no ano passado.