Confiança na economia portuguesa é bom exemplo do caminho a prosseguir
Intervindo ontem no jantar comício em Almeirim, no distrito de Santarém, onde esteve acompanhado pelo cabeça de lista do PS às europeias, Pedro Marques, e pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, o líder socialista pediu aos muitos militantes e simpatizantes presentes que não desistam de lhe dar força a si e a Mário Centeno para “reformarem a Europa”, lembrando-lhes que o bom exemplo da economia portuguesa também pode ser replicado na União Europeia.
António Costa lembrou a este propósito que Portugal já teve recentemente duas “grandes vitórias” na Europa, uma com a eleição do ministro português das Finanças, Mário Centeno, para presidir ao Eurogrupo, e uma segunda “grande vitória”, como também a classificou, com a escolha do Conselho Europeu para que fosse o ministro das Finanças português a apresentar um orçamento para a zona euro com o principal objetivo de “financiar a convergência”.
Segundo António Costa, os mais recentes indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a economia portuguesa mostram que a riqueza produzida em Portugal cresceu 1,8% no primeiro trimestre de 2019, o que vem confirmar, como destacou, “aquilo que o Governo já pressentia” de que, ao invés do que está a acontecer a parte significativa da economia mundial e a “algumas grandes economias da Europa, como a da Alemanha”, onde se verifica uma real desaceleração, a economia portuguesa, pelo contrário, cresceu e “cresceu mais do que estava a crescer”.
Um desenvolvimento económico, como lembrou o líder socialista, que se traduz numa subida da economia nacional “acima da média europeia”, puxada prioritariamente pelo investimento das empresas, o que ocorre, como garantiu António Costa, pela “total confiança” das empresas no futuro do país, investindo e empregando cada vez mais trabalhadores com contratos sem termo e com melhores salários, sendo este, para o Secretário-geral do PS, o caminho de “progresso que queremos” para Portugal.
Alterações climáticas
Para além das questões económicas, António Costa fez ainda questão de salientar a importância do combate às alterações climáticas, lembrando que a Europa sozinha pouco poderá fazer para reverter este fenómeno e lamentando que os Estados Unidos da América, com a atual administração, mantenham sobre esta matéria uma posição irredutível de negação a propósito de uma das maiores ameaças ambientais do século XXI.
O líder socialista enfatizou ainda que, além da defesa do projeto Europeu, que em boa medida, como salientou, passa por uma “profunda reforma da zona euro”, há também que não descurar a defesa específica dos interesses portugueses na Europa, lembrando a este propósito as negociações que decorrerem e que para António Costa assumem um caráter decisivo para evitar cortes nos fundos de coesão ou no segundo pilar da Política Agrícola Comum (PAC).