Concertação será pilar do diálogo entre parceiros sociais
Manuel Caldeira Cabral iniciou ontem uma ronda de contactos com as confederações empresariais e com as centrais sindicais garantindo que o Ministério da Economia estará sempre de “portas abertas” ao diálogo com os parceiros sociais.
Quatro dias depois de ter tomado posse, Manuel Caldeira Cabral deu ontem início a uma primeira série de conversações com os parceiros sociais tendo recebido já a Confederação do Comércio e Serviços (CCP), a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) e a União Geral de Trabalhadores (UGT).
Reagindo a algumas vozes que manifestaram receio de a concertação social poder vir a ser esvaziada de competências pelo Governo liderado pelo PS, o novo titular da pasta da economia refutou a acusação defendendo ser este o fórum privilegiado para discussão entre empresários e trabalhadores.
Caldeira Cabral salientou que a concertação social “é a casa mãe para o debate de alguns temas”, enquanto o Parlamento, “legitimamente eleito” é o lugar apropriado para o “debate de outros temas”.
É na junção destes “dois pilares de estabilidade”, acrescentou, o político no Parlamento e o social na concertação social, que devem ser preservados e não “esvaziados no papel que cabe a cada um deles”.
Para o novo responsável pela pasta da Economia, o Ministério que dirige terá como principal orientação, não só lançar o investimento, invertendo assim o ciclo negativo dos últimos quatro anos neste capítulo, mas igualmente apostar no “apoio às empresas e aos empreendedores” não deixando de ouvir e apoiar também os trabalhadores “que são uma parte muito importante desta equação”.