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Compromissos internacionais assumidos pelo país exigem responsabilidade e sentido de Estado

Compromissos internacionais assumidos pelo país exigem responsabilidade e sentido de Estado

O primeiro-ministro, António Costa, pediu sentido de responsabilidade ao PSD sobre os apoios à Grécia e a refugiados na Turquia, inscritos em proposta de alteração ao Orçamento do Estado, e que dão cumprimento a compromissos assumidos pelo Governo anterior.

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No final de uma reunião de líderes socialistas europeus realizada no Eliseu, este sábado, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que seria “absolutamente irresponsável” da parte do PSD votar contra compromissos internacionais.

“Nós estamos numa situação muito original, que é o facto de, pela primeira vez na história de todos os orçamentos, dois partidos, o PSD e o CDS, ou melhor, um partido sobretudo, que é o PSD, ter tomado esta posição muito original de votar contra tudo na especialidade, mesmo normas exatamente iguais àquelas que estavam em vigor no ano passado e mesmo normas que dão simples execução a compromissos internacionais assumidos pelo Governo anterior”, disse.

Coerência e sentido de Estado

No mesmo sentido se pronunciou hoje o deputado socialista João Galamba, que pediu coerência, responsabilidade e sentido de Estado ao PSD na questão do apoio à Grécia e a refugiados na Turquia.

“Sentido de Estado, responsabilidade e princípio da continuidade do Estado portugueses e dos compromissos internacionais não parece ser um valor suficientemente elevado para que mereça o voto a favor destes partidos”, disse João Galamba.

O deputado socialista falava no Parlamento sobre duas propostas de alteração do PS ao Orçamento do Estado apoio financeiro à Grécia e um outro a refugiados na Turquia.

O que o PSD “tem de explicar”, continuou o também dirigente nacional do PS, “é como é que apresenta um projeto de resolução em outubro que pretende reafirmar os compromissos europeus” de Portugal e agora, por “razões oportunistas e táticas”, não vote favoravelmente estas matérias.

Já sobre as posições dos partidos à esquerda que viabilizam o Governo, e que deverão votar contra estas matérias, João Galamba afirmou que Bloco de Esquerda, PCP e Os Verdes são “partidos coerentes e mantêm-se coerentes nas suas votações”.