home

Competitividade passa por inverter modelo de cortes nos rendimentos dos trabalhadores

Competitividade passa por inverter modelo de cortes nos rendimentos dos trabalhadores

Nos últimos quatro anos a competitividade da economia portuguesa desenvolveu-se centrada nos cortes de salários e rendimentos dos trabalhadores. Inverter este modelo apoiando a capitalização e a internacionalização das empresas portuguesas é agora a tarefa a que se propõe o Governo liderado por António Costa.

Notícia publicada por:

Empresas vão ter 700 milhões de euros de fundos comunitários

O ministro da Economia reuniu-se ontem com os parceiros sociais para lhes transmitir que o paradigma do Executivo socialista, tendo em vista a modernização das empresas e a sua capitalização, já não passará pelo modelo seguido pela direita PSD/CDS de aposta nos baixos salários, mas por novas medidas que visam melhorar e fortalecer a competitividade das empresas.

Falando à saída do Conselho Económico e Social (CES), Manuel Caldeira Cabral salientou que esta primeira reunião com as confederações sindicais e patronais serviu para abordar “medidas concretas” tendo em vista a capitalização das empresas e a concretização de um novo modelo que lhes permita uma aposta sustentada quer em matéria de inovação, quer na internacionalização. 

O titular da pasta da Economia realçou que neste encontro, para além das propostas do Governo, foi importante ouvir o contributo dos parceiros sociais sobre a forma de melhorar as políticas económicas, tornando-as “mais objetivas” e mais de acordo com as suas necessidades, não deixando de nomear um conjunto de instrumentos que o seu ministério vai colocar ao dispor das empresas. 

Melhorar a competitividade das empresas

De entre as medidas anunciadas pelo ministro Manuel Caldeira Cabral, destaque para o lançamento de fundos de capitalização, de linhas de crédito de garantia mútua, de fundos de capital reversível e de fundos de capital de risco, entre outras iniciativas, que estão contempladas num documento que hoje foi apresentado e entregue aos parceiros sociais.

Segundo o ministro da Economia, estas novas fontes de financiamento para as empresas constituem uma excelente alternativa ao habitual recurso ao crédito bancário, permitindo-lhes a opção de poderem recorrer à Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), o Banco de Fomento, lançado pelo anterior executivo, mas que só agora com o Governo do PS iniciará funções.

Segundo Manuel Caldeira Cabral a ideia é que as empresas possam reduzir o seu nível de endividamento junto da banca, capitalizando-se e investindo com capitais disponíveis, gerindo o crédito que contraíram na banca comercial mais na lógica de alimentar a sua atividade corrente.