Começar a reerguer e recuperar
Pedro Marques falava aos jornalistas depois das reuniões que manteve com autarcas de vários distritos, iniciativa que também tiveram outros membros do Governo, como o anterior ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, ontem nomeado ministro da Administração Interna, e o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva.
A partir da conclusão do levantamento dos prejuízos causados pelos fogos do passado fim de semana, o governante garantiu que serão definidas “medidas de apoio para reerguer a vida das pessoas”.
Pedro Marques explicou que aquilo que o Executivo liderado por António Costa está a fazer com os autarcas, ao visitar as regiões afetadas, é pensar “em começar a reerguer e recuperar” as comunidades mais atingidas pelos fogos porque foram “dias muito duros e difíceis”.
Referindo-se às “ocorrências lamentáveis e trágicas do ponto de vista humano”, Pedro Marques frisou que o Estado “está cá” para ajudar as pessoas afetadas do ponto de vista pessoal, social e económico, sublinhando que as populações “têm de ter apoios e vão ter apoios”.
O país tem agora de se tornar “mais resiliente e preparado” para as condições que, infelizmente, poderão estar para ficar, acrescentou, referindo-se às alterações climáticas.
O ministro do Planeamento não deixou de enfatizar que se trata de “um trabalho extenso”, como o que foi feito na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande, tendo depois sido agilizados mecanismos legais que permitiram “estar no terreno agora a recuperar as habitações das pessoas, a apoiar os agricultores e as empresas”.
Levantar prejuízos e definir apoios
“Tudo isto está no terreno e o que nos comprometemos a fazer aqui é um levantamento rápido dos prejuízos e a definição dos apoios”, reforçou.
E considerou que “a melhor homenagem que se pode fazer àqueles que infelizmente perdemos ou que estão afetados por estes incêndios é ajudar agora a reerguer as suas terras, as suas famílias, as suas vidas e garantir e salvaguardar os seus empregos”.
Depois, Pedro Marques aludiu ao Conselho de Ministros extraordinário do próximo dia 21 de outubro, destacando a necessidade “de melhorar os mecanismos de proteção civil, de tomar decisões com base no relatório da comissão técnica independente e de começar a reconstruir estes territórios” afetados.
Para o ministro, este trabalho “tem que representar, de todo o país e não só das entidades públicas, um novo impulso para uma floresta mais protegida, mais segura e mais resiliente”.
Convicto “na capacidade do Governo, e desde logo do primeiro-ministro”, de colocar toda a energia “nessa transformação estrutural” e em “ajudar estas comunidades afetadas”, Pedro Marques apontou para o início de “um novo ciclo de políticas” fundadas num melhor conhecimento, “para que as ocorrências deste verão, nas suas consequências trágicas sobre as famílias, possam desaparecer e, naquilo que respeita às consequências dos fogos, à proteção civil e ao combate aos fogos, possamos preparar-nos estruturalmente para uma situação climatérica diferente”.