Combate aos fogos florestais e aeroporto do Montijo são desafios importantes
O primeiro-ministro visitou ontem a Base Aérea 5, em Monte Real, no distrito de Leiria, referindo já no final da sua deslocação que a FAP tem neste momento “um conjunto de desafios” pela frente a que tem de saber responder, destacando, nomeadamente, a “transferência da operação de gestão dos meios aéreos de combate aos incêndios florestais”.
Para que a FAP pudesse assumir mais esta responsabilidade, salientou o primeiro-ministro, foi necessário que o Conselho de Ministro aprovasse na semana passada uma resolução que formalizou o processo que resgata este ramo das Forças Armadas para mais esta função de “grande importância para a salvaguarda da segurança nacional”.
A outra tarefa que o primeiro-ministro considera de particular importância a cargo da FAP é que crie condições na Base Aérea 6, no Montijo, para que em breve este equipamento militar possa acolher também aviões civis, servindo deste modo como complemento ao tráfego aéreo do aeroporto internacional Humberto Delgado, em Lisboa.
Quanto à envolvente respeitante aos recursos financeiros que estas operações implicam, o primeiro-ministro lembrou que a próxima Lei do Orçamento, e “sobretudo a Lei de Programação Militar” que o Governo prevê apresentar brevemente na Assembleia da República, vai responder às necessidades “imediatas e prementes” da FAP, lembrando que a “trajetória definida” e já assumida com a NATO para o Orçamento da Defesa Nacional já estabeleceu que as “despesas com o setor vão aumentar até 2024”.
O primeiro-ministro referiu ainda o programa de aquisição de seis aeronaves KC-390, que vão entrar ao serviço da FAP em breve, aparelhos que vão substituir, como assinalou, os velhos aviões de transporte C-130 em missão na FAP há várias décadas, uma operação que, segundo António Costa, terá não só um impacto ao nível da defesa nacional, como no “desenvolvimento da capacidade industrial e tecnológica do país”.
Todos os membros do Governo são ativo importante
Acompanhado pelo ministro Azeredo Lopes e pelo chefe do Estado-Maior da Força Aérea, Manuel Rolo, o primeiro-ministro reiterou ainda a sua total e absoluta “confiança política” no ministro da Defesa Nacional, que se mantém “inalterada”, considerando-o como um “ativo importante no Governo”, tal como o são todos os membros do Executivo.