No final da conferência de líderes, Alexandra Leitão explicou aos jornalistas que o RASI deveria ser discutido ainda nesta legislatura, porque, ao ficar “para uma próxima legislatura, será outro Governo que não aquele que o elaborou que vai responder por este relatório”.
“Não faz sentido discuti-lo com um Governo que não é o responsável pela sua elaboração”, alertou a líder parlamentar socialista em declarações à comunicação social.
Aquilo a que se assistiu na conferência de líderes foi uma “coligação entre o PSD, o CDS e o Chega” para “impedir que a Assembleia da República discuta um relatório desta importância”, denunciou.
A presidente da bancada do PS salientou, depois, uma curiosidade: “Partidos que se dizem tão preocupados com as matérias de segurança não quiseram discutir, na sede própria, estas matérias”.
Numa resposta a estes três partidos, Alexandra Leitão recordou que “as funções de escrutínio da Assembleia da República funcionam mesmo quando esta está dissolvida”, sendo por isso que existe uma Comissão Permanente. Assim, “seja qual for a circunstância que esteja em torno deste relatório – os seus dados, o seu conteúdo – é natural ser este Governo que deve responder”, defendeu.
Não foi desmentida a retirada de um parágrafo
Nos últimos dias foi noticiado pela comunicação social que foi retirado do RASI um parágrafo com referências a grupos de extrema-direita na versão final do documento, algo que “não foi desmentido”, apontou Alexandra Leitão.
“A ser verdade que foi retirado, repito, como foi noticiado e não foi desmentido, naturalmente que é algo que nos preocupa muito, fosse qual fosse o conteúdo que estava a ser retirado”, sustentou.
Estando em causa “matéria de discurso de ódio e organizações de extrema-direita”, é “muito grave que tenha desaparecido”, concluiu a presidente do Grupo Parlamentar do PS.