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Coligação de direita deixa legado de esvaziamento do sector público

Coligação de direita deixa legado de esvaziamento do sector público

A coligação de direita, ao fim de quatro anos, deixa um legado na saúde que se traduz no “maior impulso histórico de esvaziamento do sector público para o privado” e ainda no “maior aumento da despesa das famílias com a saúde”, afirma Adalberto Campos Fernandes, médico especialista em saúde pública e docente universitário.

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Adalberto Campos Fernandes reagia ao relatório agora divulgado pelo Governo sobre a atividade assistencial no Serviço Nacional de Saúde (SNS) até julho de 2015.

Este relatório, segundo afirmou o também gestor hospitalar ao AS Digital Diário, revela que “estamos longe de superar níveis assistenciais que existiam em 2011” e “mostra indiretamente que ao fim de quatro anos a coligação deixa como herança o recorde histórico de atividade na área privada e o maior encargo com despesas de saúde imputado aos cidadãos”.

Adalberto Campos Fernandes acusa o Governo PSD/CDS de ser incapaz “de responder a um potencial de capacidade instalada que continua subaproveitada”.

E dá como exemplo paradigmático, aliás reconhecido pelo atual Governo, que “os hospitais públicos podiam realizar mais de cem mil cirurgias por ano, ficando assim por fazer centenas de milhares de cirurgias”.