Ciência, inovação e ensino superior precisam de um compromisso sério
Participando na conferência “Ciência, Inovação e Ensino Superior na Próxima Década”, na Universidade do Minho, em Braga, os candidatos independentes pelo PS salientaram que o desinvestimento e a falta de compromisso a que este sector estratégico para o país foi votado nos últimos anos deveu-se a um “radicalismo ideológico”.
O investigador Tiago Brandão Rodrigues salientou que “não há um compromisso sério com as universidades e com a criação de conhecimento”, responsabilizando a coligação de direita que “tomou como bandeira a austeridade e o empobrecimento”.
Em contrapartida, defendeu, “existe outra solução, de uma economia do século XXI que tem a ciência, a inovação, a criação de conhecimento e a transferência de tecnologia como um dos braços para a resolução de problemas”.
Uma visão para o país que o Secretário-geral do PS, António Costa, deixou clara no debate que realizou com o líder da coligação, de que “a contribuição para a melhoria da economia passa pela ciência, pela tecnologia e pela inovação”, sustentou o investigador.
Por seu lado, o professor catedrático Alexandre Quintanilha defendeu que é necessário “pegar no financiamento que existe e alterar as prioridades em relação à forma como ele está a ser gasto nesta altura”.
“Eu não estou à espera que de repente vá cair dinheiro do céu. Agora o que eu estou à espera é que o dinheiro que existe possa ser usado de uma forma mais inteligente. É uma alteração nas prioridades, que tem que ser dada às pessoas”, sustentou o cabeça de lista socialista pelo Porto.
Já o economista Manuel Caldeira Cabral alertou que, para além do corte no financiamento verificado nesta área, as queixas da comunidade académica estendem-se à falta de transparência, à instabilidade e ao aumento da burocracia.
O cabeça de lista do PS por Braga adverte que se estes problemas prosseguissem por mais quatro anos, “o efeito seria desastroso”.