CGD será recapitalizada e integralmente pública ao serviço da economia nacional
O primeiro-ministro sustentou hoje na Assembleia da República, em resposta às questões colocadas pelo líder do PCP, que o único objetivo que o Governo tem para a Caixa Geral de Depósitos é que esta instituição financeira seja totalmente pública porque só desta forma, defendeu António Costa, é que o “banco cumpre a sua missão de financiar a economia”.
Anunciando que o Governo tem uma ideia clara sobre o programa de recapitalização da CGD, resguardando-se contudo para o não ter anunciado no Parlamento, por estar ainda em negociações com Bruxelas, admitindo que as conversações “têm estado a correr bem”.
António Costa não deixou também de mencionar que em cima da mesa estão matérias tão importantes como as necessidades de reforço do capital do banco e de capital para investimento para além das sensíveis necessidades da CGD para fazer face às imparidades, problemática que o primeiro-ministro lembrou que “não vale a pena fingir que não existe”, defendendo que é necessário libertar o banco das imparidades para “financiar as empresas e a economia”.
Quanto à decisão anunciada pelo PSD de querer constituir uma comissão parlamentar de inquérito sobre a Caixa Geral de Depósitos, António Costa ironizou afirmando que “mais vale tarde do que nunca”, lembrando que se durante quatro anos e meio em que o PSD e o CDS estiveram no Governo não conseguiram apurar o que se passava na Caixa, então “mais vale agora que tentem com a comissão de inquérito”.