Centro de atendimento consular em Londres é já um sucesso
Segundo o deputado socialista eleito pelo ciclo da Europa, o centro de atendimento telefónico de apoio aos portugueses que vivem e trabalham no Reino Unido, instalado na capital britânica, está a revelar-se um êxito, sendo de registar que só no primeiro dia de funcionamento a chamada ‘Linha Brexit’ recebeu mais de 190 contactos, das quais cerca de 90 para agendamento de serviços e as restantes para informações, que se juntaram a algumas dezenas por correio eletrónico.
Instalado há apenas cerca de uma semana, este centro de atendimento telefónico de apoio consular, conhecido por Linha ‘Brexit’, está a revelar-se de uma enorme utilidade, realçando Paulo Pisco que dos muitos contactos e encontros que manteve em Londres com empresários e representantes da comunidade portuguesa, os comentários são unânimes de que este novo mecanismo está a responder de “forma rápida” a todos os telefonemas e a prestar os esclarecimentos necessários, facilitando em simultâneo a marcação de atendimentos, algo “que até agora era muito difícil de obter”.
Recorde-se que este centro foi criado pelo Governo para facilitar o acesso dos portugueses que vivem e trabalham no Reino Unido aos serviços consulares, respondendo a uma maior procura por parte dos cidadãos europeus que vivem neste país que passaram a ter a obrigação de se registar pelo menos até ao dia 31 de dezembro de 2020, para poderem obter o estatuto de residente.
As principais preocupações levantadas nos encontros que o eleito socialista manteve com empresários, estudantes ou com os muitos investigadores das mais variadas áreas científicas que trabalham no Reino Unido, têm a ver, sobretudo com as muitas dúvidas sem resposta que ainda “ensombram o processo do ‘Brexit’.
Também os comerciantes e os importadores manifestaram inquietação ao deputado português, referindo, nomeadamente, a possibilidade de poder haver perturbações dos fluxos comerciais e aumentos das tarifas aduaneiras, caso haja uma saída sem acordo, um cenário que todos concordam que iria “afetar a atividade económica”, não só do Reino Unido como de todos os 27 Estados-membros da União Europeia.
Do mesmo modo, assinalou ainda Paulo Pisco, também os académicos alertaram para o “clima de incerteza” que está a “bloquear a tomada de decisões”, reduzindo a atratividade do Reino Unido, quer para os estudantes, quer para os investigadores portugueses.