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Cavaco Silva sabe não haver alternativa à indigitação de António Costa

Cavaco Silva sabe não haver alternativa à indigitação de António Costa

O Presidente da República não tem nenhuma outra alternativa senão indigitar António Costa como primeiro-ministro, sustentou Fernando Medina no seu habitual espaço de comentário na TVI/24.

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Apesar dos muitos comentários e análises vindas sobretudo de comentadores e jornalistas alinhados com a direita, Cavaco Silva sabe que não lhe “resta nenhuma outra alternativa” senão convidar o líder do PS a formar Governo, opinião ontem defendida pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa na TVI/24, reconhecendo contudo “ser este ainda o tempo” do Presidente da República para “ouvir e refletir sobre o momento político”.

Fernando Medina lembra que, apesar das múltiplas interpretações que vão surgindo nos vários órgãos da comunicação social por parte dos mais diversos analistas sobre o “real sentido das palavras” do Presidente da República, o desfecho para a atual situação governativa desaguará “inevitavelmente na indigitação de António Costa como primeiro-ministro”.

Uma opinião que o autarca de Lisboa sustenta socorrendo-se das próprias palavras de Cavaco Silva quando por diversas vezes fez questão de recordar a “natureza do nosso sistema”, sobretudo após a revisão constitucional de 1982 onde se estabeleceu que os governos passaram a não responder perante o Presidente da República mas ante o Parlamento.

Ora isto, disse Fernando Medina, “faz toda a diferença” para que seja indigitado António Costa como primeiro-ministro e não o recurso à outra alternativa que também vai “pairando no ar” de um eventual Governo de gestão.

Uma solução que na perspetiva do autarca socialista, para além de muito pouco consistente do ponto de vista político, representaria uma “enorme instabilidade” uma vez que grande parte, “senão mesmo a totalidade das suas iniciativas”, colapsariam perante um Parlamento maioritariamente de esquerda, tornando a sua governação inviável.

Acresce, defendeu ainda Fernando Medina, que um Governo de gestão “empurraria” a aprovação do Orçamento do Estado (OE) de 2016 “lá para o mês de setembro”, numa altura em que o país “deveria estar a apresentar o OE para 2017.