CASCAIS EM DIÁLOGO
A inteligência é a matéria prima que está mais ao nosso alcance. Não depende de condicionalismos geológicos ou naturais. Depende apenas de investimento na capacidade das pessoas. Na capacitação. Na abertura ao conhecimento, à cultura e ao saber; na ligação ao mundo e às redes que nos ligam a outras fontes de conhecimento.
A sustentabilidade depende da inteligência, do bom senso, da boa utilização dos recursos, da interdependência das fontes de sustentabilidade e sobretudo da responsabilidade.
A inclusão depende dos outros dois fatores, e ainda de um outro: do reconhecimento de que o todo vale mais do que a soma das partes e que um concelho coeso é uma comunidade mais humanizada e com melhores condições para o progresso.
Por isso organizamos um ciclo de quatro debates, em torno de temas chave, sobre os quais queremos construir o edifício programático para desenvolver Cascais, em diálogo com os munícipes e com especialistas em diferentes áreas. Começamos na semana passada com Cascais com Valor, sobre Educação, Ensino Superior, Ciência & Investigação e Cultura.
Seguir-se-ão Cascais no Mundo, Cascais para as Pessoas e Cascais Inovadora. Ao longo destes encontros, iremos dissecar matérias tão diversas como a Saúde, a Cidadania, a Habitação, Juventude, Internacionalização, Turismo, Comércio, Mobilidade, Tecnologia, Emprego, Desporto, entre outras valências que fazem parte do processo de afirmação das qualidades do concelho e do bem-estar dos seus moradores.
É deste modo, ouvindo, debatendo e incorporando nos princípios fundamentais do Partido Socialista, que estamos a Construir um Programa eleitoral para Cascais.
Os desafios que se colocam à governação autárquica na área do conhecimento e da cultura são consideráveis: como o poder local se deve posicionar para aprofundar estas áreas fundamentais, designadamente na interação interna e com as outras plataformas de poder nacionais e internacionais; e como criar as redes indispensáveis entre os setores de produção de conhecimento e os setores de produção de riqueza.
Há que, antes de tudo, entender a natureza cultural dum território, sem a qual nenhum processo de desenvolvimento pode ter sucesso.
Facilitar o acesso à formação e ao conhecimento é obrigação de todos os agentes do Estado, nas diferentes plataformas da ação política. Uma sociedade em permanente evolução, com crescentes qualificações e estimulada à aprendizagem ao longo da vida, está mais preparada para ser economicamente competitiva. E tem maiores condições para atingir satisfação pessoal, familiar e bem-estar coletivo.
Neste primeiro debate estiveram António Rendas, reitor da Universidade Nova de Lisboa, João Costa, secretário de Estado da Educação, Adelino Calado, diretor do agrupamento de escolas de Carcavelos, Francisco Andrade, oceanógrafo, investigador do MARE, e Dália Paulo, historiadora e gestora cultural.
A afirmação de Cascais como concelho inteligente depende da nossa determinação em valorizar esse conhecimento e requer um esforço adicional de internacionalização e especialização do nosso tecido empresarial ligado ao conhecimento, estimulando novas oportunidades nos principais mercados de oferta tecnológica e valorizando o posicionamento estratégico de Cascais no Mundo.