Carlos César salienta convergência com parceiros à esquerda
“Continuaremos, certamente, esse trabalho, reforçando e reinventando, como o temos feito, uma convergência que nunca prejudicou, e que nunca prejudicará, a identidade e a autonomia de cada uma das forças políticas envolvidas nessa cooperação, que tão inovadora e tão recompensadora tem sido para o nosso País e para os portugueses”, afirmou o Presidente do PS na sua intervenção no debate parlamentar.
Numa avaliação dos “sucessos alcançados”, mas também “da obra e das ambições por realizar”, Carlos César rejeitou a perturbação pelo “ruído de uma oposição que outro projeto não tem que não seja o da negação”, assegurando que a comunicação dos feitos do Governo correspondeu sempre à realidade.
“É preciso dizer: nem tudo o que fizemos foi tudo quanto havia para fazer e nem tudo o que fizemos foi bem feito. Mas, não faltamos à verdade aos portugueses, nem rompemos com a humildade recomendada, se dissermos que muito fizemos e que muito fizemos bem”, afirmou.
Para isso, recordou, o Governo e o PS contaram “com o apoio e o impulso dos seus parceiros parlamentares, que asseguraram a investidura do governo e a execução de medidas resultantes das leis orçamentais; contámos com o seu apoio para partirmos donde partimos e para chegarmos onde chegámos”. “Isso significa que partilhamos com eles os nossos sucessos, da mesma forma que repartimos as nossas dificuldades”, reconheceu o líder da bancada socialista.
Em contraponto com a política do anterior Governo, que “deu prioridade à compressão orçamental, através da limitação sem critério da economia e, sem sensibilidade, dos serviços públicos e prestações sociais”, para Carlos César o atual Governo veio confirmar que havia uma alternativa: “privilegiámos a dinamização económica e a proteção social, sem descuidar a consolidação orçamental”.
“Os resultados destes três anos mostram que seguimos na direção mais avisada: não repetimos a austeridade persecutória da direita, nem abraçámos tarefas impossíveis que comprometeriam a credibilidade da esquerda”, recordou o líder parlamentar socialista, considerando que “com essa mudança, Portugal está melhor e a vida dos portugueses também”.
Num balanço dos “muitos aspetos positivos adquiridos”, embora reconhecendo estar em muitos casos ainda “aquém do que a ambição de um governo apoiado à esquerda reclama”, Carlos César apontou alguns dos resultados obtidos nos serviços públicos.
Na saúde, a inversão da degradação de um SNS recebido em “perda de capacidades”, com mais profissionais de saúde, mais investimento e, agora, “com menos défice acumulado, menos pagamentos em atraso e menos dívida”.
Mas também na educação, com o número de jovens que não estuda nem trabalha no nível mais baixo de sempre, e a diminuição significativa do abandono e do insucesso escolar, a não deixar esquecer que “o combate ao défice das qualificações é uma tarefa que se confunde com os défices mais estruturais do nosso País”.
O líder parlamentar do PS lembrou ainda que Portugal alcançou, já este ano, “a melhor posição dos últimos 14 anos no ranking mundial da competitividade”, tendo, já em 2017, atingido “a melhor posição de sempre no ranking europeu de inovação”.
Lembrando o “Estado da Nação” encontrado pelo atual Governo, em 2015, em que “o volume de negócios dos vários setores caía, a confiança dos consumidores estava no mínimo do ano e o clima económico no mínimo dos últimos 9 meses”, Carlos César recordou que “com o atual governo, a confiança dos consumidores está em máximos de 21 anos e o clima económico no melhor valor dos últimos 16”. “A economia já cresceu 5,4%, o consumo privado 5,9%, o investimento 14,5% e as exportações 14,7%”, apontou, sublinhando que “é este o estado que faz a diferença” e que “são esses os resultados que nos dizem que estamos no caminho certo”.