Carlos César acusa Rui Rio de querer fazer do Parlamento um tribunal
Num comício do Partido Socialista em Guimarães, o mandatário nacional do partido para as eleições legislativas de 6 de outubro lembrou que o líder do PSD “diz, num dia, que não faz julgamentos na praça pública, mas em outros dias – como no caso de Tancos – pretende transformar a Comissão Permanente da Assembleia da República num tribunal”.
Ora, Rui Rio “sentencia quem nem sequer foi julgado e calunia quem não é suspeito nem acusado. E era uma pessoa assim que queria ser primeiro-ministro de Portugal”, lamentou.
Carlos César voltou a frisar a importância de um PS com “uma maioria de valor reforçado” nas legislativas e lembrou que António Costa é “um político dialogante e paciente, mesmo muito paciente”, revelando-se “um gerador de confluências, um praticante da concertação e um mobilizador de vontades”.
“Isso é muito importante num primeiro-ministro”, garantiu o presidente da bancada parlamentar socialista, que assegurou que, “sem a firmeza de António Costa, este Governo não teria subsistido, nem o país tinha resistido às aventuras para que alguns nos empurravam”.
Segundo Carlos César, “António Costa revelou-se o fiel da balança, um fator de esperança e a garantia da confiança dos portugueses no seu próprio país”. Por isso, “o voto no PS é mais do que um voto partidário”, sublinhou.
“É um voto necessário para a estabilidade e para o progresso do país”, defendeu o também presidente do PS, que voltou a atacar o PSD por “nada falar sobre os desafios que se colocam ao país”. “Há uns que não querem saber disso. Percebo que o PSD não o faça, porque a sua desorientação é muito grande”, referiu.
Com alguma ironia, Carlos César mencionou as “más notícias” que os social-democratas têm recebido: “O desemprego desce e a economia cresce. E o PSD não se conforma com o prestígio de Portugal e do primeiro-ministro no exterior”.