Capacidade de atração de investimento de alta qualidade ajuda a reinventar a economia portuguesa
O primeiro-ministro esteve ontem em Ovar, no distrito de Aveiro, onde presidiu à cerimónia de assinatura de dois novos protocolos de inovação, um investimento no valor de 50 milhões de euros, entre a multinacional alemã Bosch e as universidades do Minho e do Porto.
A iniciativa vai permitir contratar perto de 300 pessoas entre a Bosch e as duas universidades, acordos que assinalam um novo ciclo de investimento em Portugal e que têm como foco o “desenvolvimento de soluções nas áreas da mobilidade, cidades inteligentes e seguras e indústria conectada”.
Na ocasião, António Costa aproveitou para destacar a credibilidade e a confiança que a economia portuguesa continua a gerar junto dos investidores estrangeiros apesar da “economia global”, como salientou, estar a passar presentemente por um período de fortes incertezas e de alguma perturbação.
A propósito de investimento, o primeiro-ministro lembrou os resultados do último concurso dos incentivos ao investimento, iniciativa que encerrou há cerca de oito dias e que teve, como assinalou, mais de 2.800 milhões de euros de investimento candidatado por “mais de uma centena de entidades”, o que reforça a tese há muito defendida pelo Governo, como assinalou, de que as empresas continuam a querer investir na economia portuguesa, reconhecendo, não só “a nossa capacidade de produzir bem”, como o facto de “sermos competitivos em todo o mundo”.
Ainda em matéria de investimento, o líder do Governo socialista mencionou ser absolutamente estratégico para a criação de “mais e melhor emprego” que se continuem a criar condições para que haja mais “investimento no conhecimento científico”, alinhando as “políticas públicas com as políticas das universidades e as estratégias empresariais”, garantindo que todas as previsões apontam para que a economia portuguesa em 2019 “mantenha o ritmo de crescimento que tem vindo a alcançar acima da média europeia”, tal como já sucedeu nos dois últimos anos, cenário que na opinião de António Costa terá de ser mantido e reforçado durante toda a próxima década.
Com efeito, e ainda segundo o primeiro-ministro, só respeitando esta ambição e este pressuposto é que será possível “recuperar a década que ficou perdida”, mantendo a credibilidade internacional de Portugal como um país seguro que conseguiu estabilizar o seu sistema financeiro, que cumpre as metas que se propôs cumprir relativamente à diminuição dos défices orçamentais e da divida pública, um país de contas certas, que oferece uma qualificada mão de obra e um conhecimento científico de elevado nível.
Continuar com o rumo
Nada disto será contudo uma novidade ou algo impossível de concretizar em Portugal, recordando António Costa que o país foi capaz, nas últimas décadas, de se “transformar e de se reinventar”, quando começou a atrair investimento estrangeiro de alta qualidade, “não só para produzir, mas também para inventar os produtos que começou a exportar para todo o mundo”, o que permitiu que, em poucos anos, Portugal tenha passado de um país onde as exportações tinham “um peso diminuto” no Produto Interno Bruto (PIB), para um país onde hoje as exportações “contam 44% do produto”.