Caminho de sucesso continuará alicerçado no rigor
António Costa foi ontem ao Parlamento reunir-se com a direção e com os coordenadores do Grupo Parlamentar do PS para acertar estratégias sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2018.
No final do encontro, o primeiro-ministro garantiu que apesar do maior crescimento económico verificado este ano, a proposta de Orçamento de Estado do próximo ano, a exemplo dos dois últimos orçamentos, tem os “pés bem assentes na terra”, garantindo que os bons resultados económicos alcançados se devem sobretudo quer à reposição de rendimentos, quer ao maior investimento, quer ainda a uma assinalável e sustentada consolidação orçamental.
Quanto às muitas pressões para que o OE de 2018 contemple um conjunto de medidas tendentes a aumentar os rendimentos dos trabalhadores portugueses, designadamente em virtude ou como consequência do maior crescimento económico verificado este ano, António Costa foi claro quando afirmou a este propósito que o caminho tem de continuar a ser alicerçado na “prudência e no rigor”, sem contudo, como referiu também, se perder a ambição, “quer na elaboração quer na execução do Orçamento”.
O maior crescimento económico e o “sucesso das políticas” propostas pelo Governo, sustentou o primeiro-ministro, devem-se designadamente ao facto de ter havido a coragem política de repor rendimentos, de se ter apostado de forma séria no crescimento do investimento e em políticas sustentáveis que permitiram uma efetiva consolidação orçamental.
Estes foram, para António Costa, os princípios fundamentais que decididamente contribuíram para aumentar a confiança no funcionamento da economia portuguesa, e que ajudaram a afastar o “espetro dos diabos”, que “alguns imaginaram”.
Crescimento e justiça fiscal
Com a confiança na economia nacional restabelecida, como aludiu o primeiro-ministro, o país tem agora de continuar, sem vacilar, pelo “caminho da prudência e do rigor”, garantindo que o OE de 2018 manterá a “continuidade face aos anteriores”, sendo que desta vez, como também frisou, a atenção estará voltada para a “justiça fiscal”, designadamente através do aumento da “progressividade nos escalões” de IRS, e no processo que levará ao “descongelamento das carreiras”.
Para além destes objetivos o líder do Executivo lembrou ainda que o OE de 2018 apresentará também propostas visando o reforço do investimento nas áreas da cultura, da educação, saúde e ciência, garantindo que haverá ainda lugar a novos avanços para o aumento dos rendimentos das famílias e para a “melhoria das condições de investimento”, quer público, quer privado, “tendo em vista dar sustentabilidade ao crescimento económico e à criação de emprego”.