Cada voto é decisivo para derrotar a direita
O Secretário-geral do PS reiterou que o Governo da direita “fracassou em todos os objetivos” depois de quatro anos de políticas de austeridade além do acordado com a troica, não merecendo por isso a confiança dos portugueses.
“Não é possível ter confiança em quem, em vez de se fixar no futuro, está esgotado no seu próprio passado”, disse.
António Costa sustentou que o PS é o “referencial de estabilidade de que o país precisa” e o único que, se ganhar sem maioria absoluta, é “capaz de fazer pontes com a sociedade portuguesa e assegurar condições de governabilidade”.
Apesar da cultura do “medo” que a direita tenta transmitir, o líder socialista defende que “o único medo que há em Portugal” atualmente é o medo da coligação do “resultado que vão ter no próximo domingo”.
Reiterando o papel do PS como “partido do diálogo e da concórdia nacional”, António Costa fez um apelo ao voto e contra a abstenção no sufrágio de 4 de outubro.
“Ficando em casa não resolvem nada, não escolhem, não decidem. E deixam a decisão e a escolha aos outros que saem de casa. A pior coisa que pode acontecer é na segunda-feira acordarem e dizerem ‘ai se eu soubesse tinha lá ido, ai que disparate eu fiz’”, disse.
Segundo o Secretário-geral do PS, é preciso “novo governo com olhos postos no futuro e sem estar esgotado na discussão e nas respostas do passado”. Ou seja, frisou, um Executivo “capaz de abrir um novo ciclo de esperança”.
António Costa lembrou, uma vez mais, que o PS se apresenta às legislativas de domingo com um programa tornado público, “não escondido” e “com as contas feitas”.
Acrescentando que “palavra dada é palavra honrada e será assim que vamos governar o país”.
Direita espalha mentira e medo
O cabeça de lista socialista pelo círculo de Santarém, Vieira da Silva, interveio também no almoço-comício, onde acusou a coligação PSD/CDS-PP de fazer uma campanha baseada na “mentira” e na exploração do “ medo” e apelou à concentração dos votos no PS.
Na sua intervenção, o ex-ministro socialista criticou Passos Coelho e Paulo Portas pelo facto de terem optado por “uma campanha de cara escondida e de medo, porque não gostam que o povo se lembre que os que se candidatam a primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro foram os mesmos que cortaram salários e pensões. Mas a resposta deles foi mais radical, foi PaF”.
Segundo Vieira da Silva, a campanha feita pela coligação PSD/CDS tem tido, desde a primeira hora, como objetivo “assustar” os portugueses, “depois de não terem apresentado qualquer programa”.
O vice-presidente da bancada socialista referiu que “a coligação PSD/CDS disse coisas inenarráveis, de que com o PS viria a instabilidade, esquecendo que não houve maior instabilidade do que com este Governo de direita sobretudo para quem mais sofreu”.
Vieira da Silva defendeu ainda a concentração de votos nos socialistas para derrotar a direita. “Cabe quase exclusivamente aos socialistas esse não rotundo às políticas de destruição do país num voto pela positiva, pela afirmativa, num voto em António Costa”, disse.