BONS RESULTADOS
Há um ano, António Costa, secretário-geral do PS, desafiou o BE e o PCP para construírem uma alternativa ao governo de direita. Firmou um acordo com toda a esquerda parlamentar. Conseguiu concretizar o que ninguém antes ousara. Surpreendeu o país e a Europa e deixou a direita à beira de um ataque de nervos. De tal modo que o então presidente da República, ignorando a nova maioria parlamentar e ao arrepio da própria Constituição, pretendeu prolongar o governo PSD/CDS até à tomada de posse do novo PR.
Um ano depois, António Costa voltou a surpreender. Só mesmo ele teria a coragem de se submeter, e aos seus ministros, a uma inédita prova oral, respondendo em direto e ao vivo às perguntas formuladas por sessenta cidadãos representativos da sociedade portuguesa, selecionados pelo Instituto de Ciências Sociais. O governo passou no teste com distinção, a avaliar pelo aplauso final, mas foi um risco que nenhum outro PM antes dele quis correr.
Um ano depois, os bons resultados são reconhecidos pela maioria dos portugueses. O general De Gaulle dizia que em política só os resultados contam, não as intenções. Pois bem, em apenas um ano, o governo do PS mostrou que que havia alternativa à política de austeridade seguida pelo anterior governo, cumprindo o prometido (devolvendo rendimentos e pensões), respeitando o acordado com os parceiros parlamentares e honrando os compromissos internacionais. Voltou a paz social e houve tranquilidade na abertura do ano letivo. Não houve orçamentos retificativos nem medidas inconstitucionais. Foram criados 140 mil novos postos de trabalho. A economia começa a crescer e o desemprego a baixar. Foi antecipado o pagamento de dois mil milhões de euros ao FMI.
A Europa, que há um ano torcera o nariz à inusitada solução governativa, já aprovou a proposta de OE2017 sem qualquer exigência; reconheceu que Portugal deve sair do procedimento por défice excessivo legado pelo governo PSD/CDS; e decidiu cancelar qualquer proposta de suspensão de fundos estruturais e de investimento.
Perante tais resultados, é natural que 55% dos portugueses reconheçam que a situação social e económica do país é agora melhor que há um ano. É isso que importa, que os portugueses vivam melhor, como disse o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, e confiem no futuro.