Bom momento da economia faz melhorar saldo orçamental

O crescimento da atividade económica e do emprego traduziu-se no aumento da receita fiscal em “7,6%, com a receita do IVA a aumentar 8,8% e a do IRS 3,2%”. Isto, “apesar da redução da carga fiscal associada a vários impostos”, designadamente ao IRS, IVA e ao ISP, avança o comunicado.

Por seu lado, a despesa pública registou também um crescimento, “explicado por aumento nos salários, nas prestações sociais e no investimento público”, justifica o ministério de Mário Centeno.

“A despesa com salários aumentou 4,7%”, nomeadamente, devido às medidas de reposição de rendimentos implementadas pelo Governo, tais como, o “descongelamento das carreiras, destacando-se os crescimentos expressivos na despesa com professores (4,3%) e profissionais de saúde (6,1%), superiores ao verificados nas restantes áreas”, avança a nota oficial.

O “crescimento das prestações sociais (4,8%), em particular o forte aumento da despesa com a Prestação Social para a Inclusão (40,5%)” contribuiu também para “a evolução da despesa”, diz a mesma nota.

O facto de “a grande maioria dos pensionistas ter aumentos superiores à inflação e do aumento extraordinário de pensões em 2019” justifica o crescimento de 4,7% da despesa com pensões da Segurança Social.

As Finanças destacam, ainda, “o elevado crescimento do investimento público, excluindo PPP, mais 23,2%”, o qual “foi particularmente forte na Administração Central (42,1%)”, nomeadamente no “setor dos transportes (63%) – sobretudo com expressão na CP (65%) e no Metropolitano de Lisboa (132%)” e também, nas “Infraestruturas de Portugal com um crescimento de 91%”.